2013-06-20 17:32:05

Dom Chullikatt na Onu: "O desemprego é uma injustiça social que compromete a liberdade"


Nova York (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Francis Chullikatt, participou, nesta quarta-feira, em Nova York, da 4ª Sessão do Grupo de Trabalho da Assembléia Geral das Nações Unidas dedicada aos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Em seu discurso, o arcebispo destacou que 400 milhões de trabalhadores vivem na extrema pobreza e 10 milhões de crianças são vítimas da chaga do trabalho infantil, verdadeira forma de escravidão. Além disso, milhões de pessoas trabalham em fábricas ou no âmbito doméstico muitas vezes para aumentar o bem-estar, conforto e felicidade de homens e mulheres influentes dos países industrializados.

Dom Chullikatt destacou ainda que 250 milhões de crianças não sabem ler e escrever. "Não sabemos como farão para se manter num mundo em que aumentam a inovação tecnológica e a exigência de conhecimentos avançados", frisou.

O apelo do Observador Permanente da Santa Sé na ONU é claro e essencial. Dom Chullikatt pediu "políticas destinadas a garantir um trabalho digno para todos e a cooperação internacional". Falou sobre as enormes injustiças e vergonha coletiva para Governos, líderes mundiais e comunidade internacional.

O prelado falou também sobre a clara violação da Convenção sobre os Direitos da Criança que envolve os responsáveis de governo e a sociedade. "O desemprego é uma injustiça social que compromete a liberdade e sufoca a criatividade do ser humano. O trabalho é um direito fundamental do ser humano", reiterou Dom Chullikat, acrescentando que "o trabalho é a condição que torna possível a formação de uma família e oferece um meio de mantê-la e sustentá-la".

Segundo o arcebispo, todo debate deve começar do tema da educação. "Sem instrução as crianças não poderão se tornar adultos dignamente inseridos na sociedade. Sem educação é impossível pensar que um adulto consiga se adaptar às mudanças do ambiente de trabalho", sublinhou.

Para o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, a família desempenha um papel fundamental na educação dos jovens. Segundo ele, a Cúpula Mundial Rio+20 destacou a importância da solidariedade entre as gerações a fim de ajudar os jovens a se tornarem "cidadãos saudáveis, produtivos e responsáveis".

"É de extrema importância que aqueles que fazem política respeitem e promovam este papel fundamental da família", concluiu Dom Chullikat. (MJ)







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