2013-06-17 10:59:09

Carta do Papa a Cameron: apelo ao G8 pelo Oriente Médio



Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco respondeu à Carta do Primeiro Ministro inglês, David Cameron, que lhe foi enviada por ocasião do Encontro de Cúpula do G8, que terá lugar em Lough Erne, na Irlanda do Norte, nesta segunda e terça, 17 e 18.

Cameron ilustra em sua Carta, as prioridades fixadas pela presidência britânica para o G8, concernentes, sobretudo, ao livre comércio internacional, aos impostos, à transparência dos governos e dos agentes que atuam no campo da economia.

Por sua vez, em resposta ao Premier britânico, o Santo Padre faz um forte apelo para que os líderes dos Países mais industrializados do mundo levem em consideração a situação de impasse no Oriente Médio e, sobretudo, na Síria. O Papa espera que o Encontro do G8 contribua para um cessar fogo imediato e duradouro e incentive todas as partes em conflito à mesa de negociações.

Com efeito, destaca o Papa, a “construção da paz” é o requisito indispensável para a proteção das mulheres, crianças e vítimas inocentes e para debelar a fome; exorta a “ancorar no homem” toda atividade política e econômica, pois sua finalidade é precisamente o serviço aos homens, começando pelos pobres e mais frágeis.

Política e economia, prossegue Papa Francisco, “devem, por um lado, permitir a máxima expressão da liberdade e da criatividade individual e coletiva; por outro, promover e assegurar que atuem sempre, com responsabilidade e sentido da solidariedade, com particular atenção aos mais pobres”.

O Santo Padre ressalta ainda, em sua Carta a Cameron, a necessidade de eliminar, definitivamente, o flagelo da fome e assegurar a segurança alimentar; recorda que o bem material e espiritual do homem deve ser o ponto de partida de qualquer solução política e econômica, como também a medida da sua eficácia e ética.

A presente crise global, conclui o Papa, demonstra que a ética faz parte integrante da economia, motivo pelo qual, tanto as amplas medidas a serem adotadas, quanto as conjunturais urgentes, devem ser guiadas pela ética da verdade”.

Por fim, o Papa afirma que “o dinheiro e os outros meios devem ser utilizados para servir e não para governar; a chave do bom funcionamento econômico global é a solidariedade, que deve ser gratuita e desinteressada”. (MT)








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