Celebra-se amanhã o Dia da Criança Africana. A organização das Nações Unidas para
a Infância, UNICEF, informa numa nota, que se une à União Africana para recordar o
empenho das diversas comunidades africanas no sentido de provocar mudanças sociais
tendentes a remover as praticas que põem em perigo a vida e a saúde de milhões de
crianças. De entre elas a mutilação genital feminina praticada ainda em 29 países
da África, a estigmatização de crianças acusadas de feitiçaria, ou a grande mortalidade
infantil devido a doenças que se poderiam prever ou curar com poucos meios financeiros.
Com efeito, são todos africanos os 10 países do mundo com as mais altas taxas de mortalidade
de crianças com menos de cinco anos… Na Serra Leoa 185 crianças em cada mil morrem
antes dessa idade, na Somália 180, no Mali 176, no Chade 169, na RDC 168, na Guiné-Bissau
161, em Angola 158, e assim por diante. O UNICEF - lê-se na nota – trabalha no
sentido de ajudar a prevenir práticas prejudiciais, instituindo por exemplo, estruturas
jurídicas e códigos de conduta para perseguir e punir os responsáveis. Envolve também
líderes de comunidades religiosas, entre outras, para mudar normas ou condicionamentos
que continuam a fazer perpetuar a violência e levam pais, professores e pessoal medico
a fazer uso da violência na educação às crianças. O UNICEF apoia também a formação
daqueles que trabalham para garantir cuidados adequados às crianças com deficiências
e às envolvidas nas violências.