2013-06-14 12:22:55

Zâmbia: Igreja reafirma importância da nova Constituição


Lusaka (RV) - “Mesmo não podendo comê-la, uma boa Constituição nos garante alimentos sobre nossas mesas, remédios em nossos hospitais e uma educação de qualidade em nossas escolas”: foi o que afirmou nos dias passados Padre Cleophas Lungu, Secretário-Geral da Conferência Episcopal da Zâmbia, durante um encontro de ONGs que estão seguindo o processo de revisão constitucional. Padre Lungu destacou que para a Igreja Católica a nova Constituição não deve ser um fim, mas deve ser mais um passo na promoção humana, especialmente dos mais pobres. “A Zâmbia não pode mais se permitir ver dilapidados seus recursos naturais (...). Sim, para nós, uma nova Constituição é algo mais, porque a vemos como um meio de desenvolvimento social, econômico e político”, disse ainda o sacerdore.

Por este motivo, o Secretário-Geral da Conferência episcopal manifestou apreço pelo acordo alcançado pelas organizações da sociedade civil (com as quais colabora a Igreja Católica) para estabelecer os critérios mínimos que a nova Constituição deverá respeitar, que serão depois repassados ao Comitê encarregado de redigi-la.

“Precisamos ficar vigilantes e atentos”, acrescentou Padre Lungu. “As experiências passadas demonstraram que não podemos entregar todo o processo de revisão constitucional nas mãos dos políticos. Lembrem-se que os eventos negativos acontecem quando as pessoas boas ficam em silêncio”.

A Zâmbia já revisou quatro vezes sua Constituição desde 1964, ano de sua independência da Grã-Bretanha, porque os vários governos reformularam a Carta Constitucional para calar os partidos de oposição e perpetuar-se no poder. A Constituição em debate, se aprovada, se tornará a quinta do País em meio século de independência. (SP)








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