2013-06-10 15:03:30

Mortes materno-infantis em Moçambique


Um grupo de médicos veteranos de Moçambique, dentre os quais o ex-primeiro ministro Pascoal Mocumbi, apelaram ao Presidente da República para encontrar uma solução definitiva para a greve na Saúde, que já dura há três semanas.


Numa carta, citada no jornal Notícias de Maputo, dirigida ao presidente da República Armando Guebuza os subscritores, exprimem "a sua indignação face à actual situação na Saúde" e apelam à sua intervenção para a solução da situação.


Os médicos afirmam que as condições de trabalho e a vida dos profissionais da Saúde degradaram-se de forma acentuada nos últimos tempos, sobretudo para os jovens médicos e para os pós-graduados que recebem "salários de miséria".


Contestam também o facto de o orçamento do Estado para a Saúde ter baixado nos últimos seis ou sete anos em cerca de 50% enquanto em alguns sectores aumentou 10 vezes mais. Denunciam ainda "situações de coacção, intimidação, demissão e repressão" exercidas sobre os profissionais da Saúde, que dizem contraditórias com o reconhecimento da legitimidade da greve.


Em conformidade coma mesma fonte, o documento é assinado por 85 médicos, entre os quais Pascoal Mocumbi, veterano dirigente histórico da Frelimo, partido no poder.

Ainda em Moçambique e em conformidade com a médica chefe provincial o número de mortes maternas e neonatais aumentou na província de Tete, a médica fez essa afirmação quando intervinha na palestra sobre a prevenção de cancros do colo do útero, da mama e da próstata.

Até ao final do primeiro trimestre deste ano, 21 mulheres e cerca de 300 recém-nascidos perderam a vida nas unidades sanitárias da província, devido a vários factores, dentre os quais complicações de parto, saúde precária das mães, pobreza e HIV/Sida, disse Mulassua Simango.


Segundo a responsável, estes números representam um aumento de 10 casos nos óbitos das mulheres e de mais de 80 casos no total de mortes de recém-nascidos, quando comparados com igual período de 1012. Segundo um outro dado avançado pela médica chefe provincial, registou-se um aumento de partos institucionais, em relação aos anos anteriores.


"Realizámos, até ao primeiro trimestre deste ano, 15.142 partos institucionais o que corresponde a uma evolução de 25,1% em relação ao ano de 2012", disse Mulassua Simango. Em Moçambique morrem 11 mulheres por dia devido a complicações durante a gravidez, e 30 mil bebés, de um total de um milhão de nascimentos, não resistem aos primeiros 28 dias de vida.










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