Telegrama de pesar do Papa Francisco pela morte do Card. Nagy
Cidade do Vaticano (RV) – Faleceu em Cracóvia, aos 91 anos, o Cardeal polonês
Stanislaw Nagy. O Papa Francisco enviou um telegrama ao Cardeal Stanislaw Dziwisz
onde expressou seu pesar pelo falecimento "deste querido irmão que serviu generosamente
ao Evangelho e à Igreja, especialmente no mundo acadêmico, como reconhecido perquisador
e professor especialista de disciplinas teológicas".
Na mensagem, o Santo
Padre expressa ao Cardeal e a toda comunidade diocesana, assim como aos familiares
do Benemérito purpurado e à Congregação dos Padres Dehonianos os seus sentimentos,
ao mesmo tempo que recorda com gratidão "a sua fecunda colaboração, cordial amizade
e recíproca estima com o Beato João Paulo II, como também pela sua intensa atividade
ecumênica”.
Papa Francisco eleva suas orações ao Senhor para que, “por intercessão
da Beata Virgem Maria, acolha este seu fiel servidor e distinto homem de Igreja na
alegria e na paz eterna, e de coração concedo a todos que choram a sua morte a consoladora
Bênção Apostólica”.
O Cardeal Stanislaw Nagy, dos sacerdotes do Sagrado Coração
de Jesus (Dehonianos) nasceu em 30 de setembro de 1921 em Bierún Stary, Arquidiocese
de Katowice, Polônia, de uma família de operários.
Em 1937 entrou na Congregação
Dehoniana, fazendo a profissão perpétua em 22 de setembro de 1941. Foi ordenado sacerdote
em 8 de julho de 1945 em Cracóvia.
Desenvolveu importantes encargos dentro
da própria congregação religiosa e no mundo acadêmico como docente pesquisador.
De
1973 a 1974 foi membro da Comissão Mista Católico-luterana, convocada pelo Secretariado
para a Unidade dos Cristãos da Santa Sé e da Federação Luterana Mundial.
Foi
membro da Comissão Teológica Internacional e Diretor da seção “Teologia Ecumênica”
junto à redação da Enciclopédia Católica da Universidade de Lublino.
Desde
o início de sua atividade acadêmica ocupou-se da Igreja em todos os seus aspectos,
em particular da questão da credibilidade da Igreja e das transformações que esta
sofreu após o Concílio Vaticano II. Dedicou parte consistente de sua atividade como
pesquisador à questão ecumênica, aprofundando nas suas obras o problema da abertura
da Igreja pós-Concílio a outras confissões cristãs. Foi um dos pioneiros do ecumenismo
na Polônia.
Foi colaborador do Papa João Paulo II, por quem foi criado Cardeal
no Consistório de 21 de outubro 2003. (JE)