Papa atento à crise síria pede solução política e ajuda aos exilados
Esta manhã, antes
da audiência geral, o Papa recebeu na Casa Santa Marta os organismos caritativos católicos
empenhados em relação à crise na Síria. Depois de lhes agradecer pela actividade
humanitária que desempenham na Síria e países vizinhos em benefício das populações
vitimas do actual conflito, o Papa declarou ter encorajado pessoalmente o Conselho
Pontifício “Cor Unum” a promover esta reunião de coordenação das actividades desses
organismos. Pondo em realce a preocupação constante da Santa Sé de modo particular
em relação às populações inermes, vitimas desse conflito, o Papa Francisco recordou
as acções já empreendidas por Bento XVI que, para além de apelos a fazer calar as
armas, chegou mesmo a enviar o Cardeal Sarah, Presidente da “Cor Unum” àquela região
para se inteirar de perto da situação. Papa Francisco tem muito a peito a sorte das
populações da Síria e renovou vigorosamente o apelo à paz já lançado no dia da Páscoa
em que afirmava que já foi derramado demasiado sangue e que é preciso encontrar uma
solução para a crise.
Recordando que a comunidade internacional reafirmou
nas últimas semanas a intenção de promover iniciativas concretas para se dar início
a um dialogo que ponha fim à guerra, o Papa disse que é preciso apoiar essas tentativas,
na esperança de que possam levar à paz. E acrescentou: “A Igreja sente-se chamada
a dar o testemunho, humilde mas concreto e eficaz, da caridade que aprendeu de Cristo,
Bom Samaritano. Sabemos que onde alguém sofre, Cristo está presente. Não podemos desertar
precisamente nas situações de maior sofrimento!”
O Papa pediu aos
diversos organismos caritativos da Igreja que tentam dar apoio às vítimas do conflito
sírio que desenvolvam “uma acção diligente e coordenada”. E concluiu com um apelo
à comunidade internacional: “Á comunidade internacional peço que, juntamente
com a busca de uma solução negociada para o conflito se favoreça a ajuda humanitária
aos prófugos e refugiados sírios, visando em primeiro lugar o bem da pessoa e a tutela
da sua dignidade”. (DA/PG)