2013-06-05 17:53:06

Carmelitas comemoram 20° aniversário do retorno à Praga


Praga (RV) - Os Carmelitas Descalços festejam o 20° aniversário do seu retorno a Praga. Expulsos por José II de Augsburgo em 1784, os Carmelitas tiveram que esperar até o final do regime comunista, em 1993, para terem restituído o Santuário de Santa Maria da Vitória, em cujo interior está, há quase seis séculos, a imagem do Menino Jesus de Praga.

Ao retornarem ao Santuário, após decênios de perseguição religiosa, os monges o encontraram em condições deploráveis, como contou à ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ o Padre Anastásio Roggero, a quem foi confiado o templo em 1993 pelo então Arcebispo de Praga, Cardeal Miroslav Vkl.

O sacerdote descreveu o estado de degradação em que se encontrava o santuário, contando que na sacristia existia um piano, sobre o qual passou a ser estendida roupa, enquanto a cripta e outros locais transformaram-se em depósito de entulhos. O altar e os bancos não podiam ser utilizados e um dos três sinos foi retirado para fornecer metal para a construção de canhões. “Por um milagre – conta o sacerdote -, o Menino Jesus de Praga ainda estava alí, após ficar abandonado por tantos anos num altar lateral”.

Atualmente, mais de 1 milhão de pessoas de todo o mundo visita o Santuário de Santa Maria da Vitória para ver Jezulàtko, o ‘Pequeno Rei’, como é chamado afetuosamente o Menino Jesus de Praga em língua tcheca. “Após 20 anos registramos um crescimento constante no número de fiéis que vêm de todos os continentes rezar para o Menino Jesus”, disse o sacerdote.

Entre os tantos peregrinos especiais que visitaram o Santuário está Bento XVI, que em 2009 iniciou sua visita à República Tcheca com uma visita ao Santuário. “Para nós, receber o Santo Padre foi um grande encorajamento”, observou o sacerdote poliglota, que celebra missa no Santuário em dez línguas diferentes.

A devoção ao Menino Jesus de Praga iniciou no final do século XI, durante a luta entre cristãos e mouros na Espanha. A história conta que um dia, num mosteiro semi-destruído dos carmelitas, localizado entre Córdoba e Sevilha, Jesus apareceu a José, um dos quatro monges sobreviventes aos combates. Somente alguns anos depois e com uma segunda aparição, o religioso conseguiu plasmar uma estatueta com as feições do Menino Jesus, que passou a pertencer à família nobre Lara e Mendonza. A imagem foi doada ao convento dos carmelitas de Santa Maria Vitória, em Praga, em 1628, por Polixena de Lobkowiccz, filha de Maria Manrique de Lara. (JE)









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