"A Igreja não pode se eximir": Papa convoca entidades católicas que atuam na Síria
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco se reuniu esta manhã, no Vaticano,
com os membros de cerca 20 organizações caritativas católicas que trabalham na Síria.
O
próprio Pontífice pediu que o Pontifício Conselho Cor Unum organizasse uma
reunião em Roma para analisar a situação síria e para entender como prosseguir o trabalho
das entidades católicas em prol da população.
Em seu discurso, Francisco lembrou
a preocupação da Santa Sé com a crise desde que eclodiu, ainda no Pontificado de seu
predecessor, e os inúmeros apelos feitos por Bento XVI. “Também eu, pessoalmente,
me preocupo com o destino da população síria. Diante do perdurar das violências e
da opressão, renovo com força o meu apelo à paz.”
A Igreja, disse Francisco,
se sente chamada a dar testemunho humilde, mas concreto e eficaz, da caridade que
aprendeu de Cristo, Bom Samaritano. “Não podemos nos eximir, justamente nas situações
de maior dor!”, exortou o Papa, pedindo que a ação das entidades caritativas seja
precisa e coordenada. À comunidade internacional, o Pontífice solicitou que, além
das iniciativas em campo diplomático, se favoreça a ajuda humanitária para os deslocados
e os refugiados sírios, e que o bem da pessoa e sua dignidade sejam a prioridade.
Para a Santa Sé, afirmou o Papa, as obras de caridade são o modo mais direto para
oferecer uma contribuição à pacificação e à edificação de uma sociedade aberta a todos
os seus membros. O esforço da Santa Sé tende a construir um futuro de paz para a Síria.
A seguir, Francisco dirigiu seu pensamento às comunidades cristãs que habitam
a Síria e todo o Oriente Médio. “Elas têm a grande tarefa de continuar a tornar presente
o Cristianismo na região onde nasceu”, disse, e concluiu:
“Eu lhes agradeço
por esta iniciativa e invoco sobre cada um a benção divina. Esta se estende aos queridos
fiéis que vivem na Síria e a todos os sírios que atualmente são obrigados a deixar
suas casas por causa da guerra. Vocês aqui presentes sejam o instrumento para dizer
ao querido povo sírio e de todo o Oriente Médio que o Papa os acompanha e lhes é próximo.
A Igreja não os abandona!”