JMJ Rio2013: Dom Eduardo e a experiência da peregrinação dos símbolos
Cidade do Vaticano (RV) – Enquanto os símbolos
da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora continuam a peregrinação
pelas Dioceses do Estado do Rio de Janeiro, ontem chegou a Duque de Caxias. O Presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro da Silva,
enviou aos Párocos e Administradores Paroquiais, Vigários Paroquiais e demais Presbíteros
mais uma carta, como tem feito nos últimos meses.
“Entramos no mês que antecede
a tão esperada JMJ Rio 2013, escreve Dom Eduardo. Os corações estão acelerados e os
trabalhos de preparação cuidadosamente encaminhados para garantir que este acontecimento,
que já tem proporcionado muitos frutos pelo Brasil afora, principalmente devido à
Peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, marque ainda mais a vida de nossos
jovens e provoque significativas transformações na proposta pedagógico-pastoral da
Igreja junto a eles.
Enquanto muitos jovens de sua paróquia estão se organizando,
convido-os a pensar seriamente no processo de evangelização da juventude local impulsionada
por este momento. Precisamos acolher com sabedoria e gratidão este presente que Deus
está nos concedendo. Há um dinamismo próprio deste acontecimento que tem atraído muitos
jovens e oferecido a nós uma singular oportunidade para organizar melhor nossa presença
no meio deles.
O reconhecimento das frentes já existentes, o fortalecimento
das estruturas e projetos que já estão dando certo, a criação de outras iniciativas
e a organização de tudo isto num plano de evangelização paroquial poderão garantir
um novo tempo em nossos ambientes eclesiais.
Se ainda não o fizeram, convido-os,
antes da JMJ ou imediatamente após a sua realização, a: - fazerem um levantamento
das expressões juvenis que já existem em seu território e contribuem com a evangelização:
pastorais da juventude, movimentos eclesiais, novas comunidades, iniciativas juvenis
ligadas às Congregações Religiosas, catequese de crisma, grupos de jovens, grupos
de adolescentes, pastorais e serviços que, de uma forma ou outra, têm como foco o
mundo juvenil (Pastoral Familiar, Pastoral da Educação, Juventude Missionária, Pastoral
Vocacional, etc.); - promoverem um encontro com as lideranças destas expressões
e refletirem juntos a realidade juvenil paroquial: conquistas, lacunas, limitações,
desafios; - renovarem a opção pelo ministério da assessoria da juventude em sua
paróquia, descobrindo novos assessores e capacitando a todos; acompanharem mais
de perto a proposta evangelizadora de cada expressão juvenil auxiliando-a na acolhida
das orientações da Igreja em suas prioridades e serviços; - descobrirem os novos
areópagos juvenis; novas praças de vivência e de encontro das juventudes, além de
nossos ambientes eclesiais, para as quais a sua paróquia é convidada a se voltar,
participar, atender, animar, evangelizar, transformar.
Se em sua paróquia já
existe o hábito de se realizar anualmente este momento organizativo, parabéns! Se
não, porque não assumir isto como um dos belos frutos da Jornada? Acredito que uma
das melhores maneiras de aproveitarmos de toda esta graça divina favorecida pela JMJ
Rio 2013 seria a organização, até o final do ano, de um Plano Paroquial de Evangelização
da Juventude. Com ele estaremos não somente agradecendo concretamente a Deus por este
acontecimento, mas efetivando nossa opção pelos jovens com análise da realidade, renovação
dos princípios teológico-pastorais, determinação de metas, provocação missionária,
investimento material e humano.
Para estar com os jovens é preciso apaixonar-se
por eles. Antes de tudo é necessário “resgatar no coração de todos a paixão pela juventude”
(CNBB, Doc 85, n. 205). Em minhas orações de junho, confio-os ao Sagrado Coração de
Jesus. Que ao sentirem pulsar em seu interior o amor incondicional do Senhor, cresça
em sua pastoral o ardor juvenil e transborde na vida de sua comunidade esta Força
da qual nascemos, pela qual nos movemos, para a qual caminhamos, da qual somos portadores
aos jovens. Com estima, Dom Eduardo Pinheiro da Silva
Sobre a passagem
e importância da peregrinação dos símbolos pelas Dioceses do Brasil, Silvonei José
conversou com Dom Eduardo. (SP)