2013-05-24 20:16:38

O Concílio e a linha social da Igreja: priorizar a dimensão do serviço e da solidariedade, nas palavras de Dom Itamar Vian


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro "Nova Evangelização e Concílio Vaticano II" de hoje nos traz uma das questões das quais não podemos nos esquivar ao lançarmos um olhar para a caminhada da Igreja nestes 50 anos que nos separam da abertura deste grande evento religioso do Séc. XX.

De fato, o Concílio Vaticano II foi reconhecido como uma "Primavera na Igreja", um "Sopro do Espírito Santo", mas, como se sabe, nem tudo aquilo que foi proposto pelo Concílio Vaticano II foi depois colocado em prática na ação evangelizadora da Igreja ao longo destes 50 anos.

A esse propósito, na missa do dia 16 de abril passado, presidida na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco ressaltou que "O Concílio foi uma obra bonita do Espírito Santo"; que o Espírito Santo impele as pessoas e a própria Igreja a caminhar para frente, mas nós nos opomos fazendo resistência e não queremos mudar. Disse ainda mais: "Existem aqueles que querem caminhar para trás".

Servindo-se da liturgia do dia, sem fazer rodeios, o Santo Padre afirmou que essa é uma postura de quem "é cabeça dura, isso se chama querer domesticar o Espírito Santo, isso se chama tornar-se insensatos e lentos de coração" (palavras textuais do Papa Francisco).

Pois bem, uma das questões às quais não podemos nos furtar ao celebrarmos este grande evento, é perguntar-nos quais desafios do Concílio não tiveram devida aplicação nestas cinco décadas de caminhada da Igreja.

Foi o que perguntamos ao Arcebispo de Feira de Santana, na Bahia, Dom Itamar Vian, O.F.M. Cap, que destacou dois grandes desafios lançados pelo Concílio aos quais é preciso maior atenção: um maior compromisso com o povo ("precisamos sair das secretarias paroquiais, das igrejas, para ir aonde o povo está"); o outro desafio é trabalhar mais a dimensão social (mesmo reconhecendo que "a parte do culto é importante, necessária e indispensável, tal dimensão não é suficiente".

Recordando que "a fé sem obras é morta" e evidenciando que "tudo aquilo que estudamos, lemos, rezamos, deve nos levar a um compromisso social", Dom Itamar reconhece que até hoje "estamos ainda priorizando demais a parte do culto, mas não priorizamos da mesma forma a dimensão da caridade, do serviço e da solidariedade". Vamos ouvir: RealAudioMP3 (RL)







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