2013-05-22 13:44:10

Paquistão: cristãos ameaçados de morte


Khanewal (RV) – Mais de 350 famílias cristãs foram ameaçadas de morte e expulsas de suas casas no vilarejo de “Chak 31” no Distrito de Khanewal, sul do Punjab, Paquistão. O que ocorreu no sul do Punjab “testemunha o aumento dos episódios de violência e os abusos cometidos contra as minorias religiosas no Paquistão e recorda o grave episódio do ataque ao Jospeh Colony, bairro cristão de Lahore, ocorrido dois meses atrás”: é o que afirma um relatório enviado à agência Fides, realizado por duas organizações da sociedade civil paquistanesa, a “Human Rights Commission of Pakistan” (Hrcp) e “Organization for Development and Peace” (Odp), comprometidas na promoção da paz e na defesa dos direitos humanos.

Enquanto a política paquistanesa está comprometida na formação do novo governo, após as eleições gerais, as duas organizações lançam um forte apelo “a todas as partes interessadas, à política, aos partidos, à sociedade civil, às organizações religiosas, para que trabalhem ativamente para aliviar a intolerância religiosa e promover a coesão social”.

O apelo foi lançado “no interesse do país e não somente pela tutela dos direitos das minorias”. Cada uma das famílias expulsas pelos extremistas islâmicos tinha cerca seis pessoas, portanto os fiéis atualmente sem casa são mais de 1.500. A fuga foi a solução escolhida para evitar um massacre.

Como referido à agência Fides, tudo nasceu de uma provocação: cerca 15 dias atrás, alguns muçulmanos acusaram um comerciante cristão, Asher Yaqoob, proprietário de uma pequeno mercado, e os seus clientes cristãos de manterem comportamentos pouco respeitosos em relação ao Islã, instigando os fiéis do vilarejo próximo, “Chak 30” (os vilarejos rurais são numerados, e não têm nome próprio), todo muçulmano.

Os cristãos chamaram a polícia, mas um oficial ao invés de protegê-los, comandou um grupo de 60 muçulmanos que começou a bater em qualquer pessoa que encontrassem, e a devastar casas e lojas. Seguiram-se confrontos e Asif Khan, um muçulmano entre os agressores, foi atingido por um tiro e morreu.

Depois da notícia da morte do muçulmano, a multidão ameaçou um ataque em massa e de queimar todo o vilarejo. As famílias cristãs não tiveram outra escolha do que fugir imediatamente. Nos conflitos 20 cristãos foram detidos pela polícia. As duas organizações Hrcp e Odp denunciaram tudo à polícia de Multan e pediram a intervenção das autoridades civis e religiosas para levar a paz entre os dois vilarejos. (SP)







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