Cidade do Vaticano (RV) - “Fazer o bem” é um princípio que une toda a humanidade:
foi o que disse o Papa na missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta.
Concelebrou com o Santo Padre o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Card. Béchara
Boutros Raï.
O Evangelho desta quarta fala dos discípulos de Jesus que impedem
a uma pessoa fora do grupo de fazer o bem.
Os discípulos, explicou o Papa,
eram um pouco intolerantes, fechados na ideia de possuírem a verdade. “Isso era errado”,
afirmou, e Jesus alarga os horizontes:
“O Senhor nos criou à sua imagem e semelhança.
Ele faz o bem e todos nós temos no coração este mandamento: faça o bem e não faça
o mal. Todos.”
O bem não é exclusividade dos católicos. Todos podem e devem
fazê-lo, porque este mandamento está dentro de nós. Esta ideia de que alguns não são
capazes nos leva à guerra e àquilo que foi feito na história: matar em nome de Deus.
“Nós
podemos matar em nome de Deus. E isso, simplesmente, é uma blasfêmia.”
Francisco
recordou que fomos criados filhos com a semelhança de Deus e o sangue de Cristo nos
redimiu.
“Todos nós devemos fazer o bem. E este mandando creio que seja uma
bela estrada rumo à paz. Se nós fizermos o bem aos poucos, lentamente, nos encontraremos
lá, fazendo o bem. E assim criaremos a cultura do encontro. Encontrar-se fazendo o
bem.
Alguém poderia objetar: ‘Mas eu não creio, padre, sou ateu’. Francisco
responde: “Faça o bem: nos encontraremos lá.” Não se trata de uma questão de fé, mas
de uma obrigação, “uma carteira de identidade que o nosso Pai deu a todos”.
E
esta foi a oração final do Papa Francisco: “Hoje é Santa Rita, Padroeira das causas
impossíveis: peçamos a ela esta graça, de que todos façam o bem e nos encontremos
neste trabalho, que é um trabalho de criação, que se parece com a criação do Pai.
Um trabalho de família, porque todos somos filhos de Deus. Todos! E Deus nos quer
bem, a todos! Que Santa Rita nos conceda esta graça, que parece quase impossível”.