Dom Werlang: a Semana Social e o Estado que queremos
Brasília (RV) – Está se realizando desde segunda-feira, 20, a quarta, 22 de
maio, no Centro Cultural de Brasília (CCB), o 4ª Seminário de preparação para a 5ª
Semana Social Brasileira que será promovida em todo o país de 2 a 5 de setembro de
2013 com o tema “Estado para quê e Estado para quem?”. O seminário é organizado pela
Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB
e reúne representantes dos Regionais, movimentos sociais, entidades ecumênicas e grupos
tradicionais como os indígenas e quilombolas.
O 4º Seminário está organizado
em diferentes eixos de trabalho, além de momentos de espiritualidade, estudos e partilha.
Conta com dois painéis: “Estado Brasileiro: avanços, limites e desafios” e “A construção
do Estado do bem viver”. O evento conta tem a participação dos assessores da Comissão
para o Serviço da Caridade da CNBB, Pe. Ari Antônio dos Reis e Pe. Nelito Nonato Dornelas.
Dom
Guilherme Antônio Werlang, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço
da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, explica que o seminário tem importância
por reunir a participação “de outras Igrejas, movimentos sociais, sindicatos e forças
vivas da sociedade que querem de fato discutir o Estado Brasileiro”.
Setores
da Juventude, como PJ, JUFRA, JOC, PJE e PJMP, participam do encontro onde terão um
espaço para relatar as atividades do movimento dentro do contexto social. Vale destacar
que em setembro, a 5ª Semana Social Brasileira pretende reunir mais de 250 pessoas
que estão engajadas neste trabalho em diferentes partes do país, como católicos, evangélicos,
membros de organismos sociais não vinculados a nenhuma Igreja, do sindicalismo brasileiro,
entre outros interessados.
“O Estado que queremos”
Sobre o tema da 5ª
Semana Social, uma iniciativa da CNBB com toda a sociedade brasileira, Dom Guilherme
recorda que essa é uma preocupação da Igreja em fomentar a reflexão de um Estado para
todos, principalmente para os menos favorecidos socialmente: “O Estado está muito
a serviço de interesses particulares e ainda não é um Estado para todos os brasileiros”.
De acordo com o bispo, a temática vem sendo discutida há mais de um ano e meio, tratando
especificamente da realidade do Estado Brasileiro. Em 2010, a Comissão Episcopal propôs
aos bispos, na Assembleia Geral, o tema “Estado para quê e Estado para quem”, e houve
um acolhimento. (CM)