2013-05-20 17:19:11

Patriarca Maronita adverte políticos libaneses: ajudem a construir nosso país e não se envolvam na Síria


Bogotá (RV) - Na longa viagem pastoral que realiza pela América Latina, o Patriarca Maronita de Antioquia e de todo o Oriente, Bechara Raí, advertiu no último sábado os políticos libaneses que não conseguem chegar a um acordo sobre a nova lei eleitoral, para fazer o país sair da grave crise político-institucional.

“Eu – disse o Patriarca em Bogotá - considero os políticos libaneses responsáveis perante a história e a consciência Nacional. Se não conseguem aprovar uma lei eleitoral digna para o nosso país, eles vão desiludir o povo”. Segundo Raí, “o Líbano tem necessidade de pessoas novas para governá-lo”. A perpetuação da indefinição política, o impasse sobre a lei eleitoral e a impossibilidade em formar um novo governo, apenas confirma que a atual classe política libanesa “é indigna e incapaz de assumir-se como liderança do País”.

O Patriarca Maronita ainda dirigiu palavras fortes sobre a posição das diversas forças libanesas em relação ao conflito sírio: “A guerra na Síria – disse – dividiu os libaneses em duas facções, uma parte com a oposição e outra parte com o governo Assad. Mas eu afirmo em alta voz que isto não tem a ver conosco, não devemos interferir nos assuntos internos de nenhum país. Digo aos políticos e aos responsáveis libaneses: pensem em construir o vosso país, ao invés de tomar parte na guerra na Síria. Deixem de brincar com o destino do nosso país que tanto deu ao mundo”.

Bechara deplorou, sobretudo, a condição dos jovens, que após terem estudado na universidade são forçados a emigrar devido à insegurança e à precariedade existente na sociedade libanesa.

Especificamente sobre o tema da lei eleitoral, o Patriarca afirmou que os políticos não devem perseguir o próprio ganho pessoal ou interesses sectários, mas “aquilo que favoreça o bem comum da Nação. Sobretudo, não se pode permanecer sem governo em uma conjuntura histórica tão delicada”.

“Eu espero que este apelo entre nos corações e nas consciências dos políticos para que predisponham uma lei eleitoral que possa servir a dignidade do país e do povo libanês. Caso contrário – concluiu – deixem todos os próprios postos do governo”. (JE)








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