Papa pede aos missionários mais atenção às Igrejas jovens
Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 150 diretores nacionais das Pontifícias
Obras Missionárias de todo o mundo, liderados pelo Prefeito da Congregação para a
Evangelização dos Povos, Card. Fernando Filoni, foram recebidos na manhã desta sexta-feira,
17, pelo Papa Francisco. Os missionários vieram a Roma para a Assembleia anual, que
se realiza na Casa de exercícios espirituais dos Salesianos.
O Papa fez um
discurso ao grupo, começando por agradecer sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos
e leigas por sua ajuda ao manter viva a obra de evangelização, paradigma de toda obra
da Igreja.
“Sua missão é difícil – antecipou Francisco – mas, com a ajuda
do Espírito Santo, torna-se uma missão entusiasmante, porque sabemos que a força da
evangelização vem de Deus, pertence a Ele, e nos sentimos corajosos por isso”.
O Pontífice lembrou que ao abrir-nos à ação do Espírito, somos instrumentos
da misericórdia de Deus e de sua ternura e amor por todos os homens e mulheres, principalmente
os pobres, os excluídos e os mais distantes. E esta, para os cristãos e para a Igreja,
não é uma missão facultativa, mas essencial.
Exortando os diretores a educar
os cristãos, desde a infância, a um espírito realmente universal e missionário, o
Papa pediu também que sensibilizem as comunidades a continuarem ajudando as missões.
“Diante da tentação das comunidades de se fecharem em si mesmas, preocupadas
com seus problemas, o dever das POM é convocar à “missio ad gentes”, testemunhar profeticamente
que a vida da Igreja e das Igrejas é missão universal. Neste sentido, convido a terem
uma atenção especial com as Igrejas jovens, que quase sempre trabalham em meio a dificuldades,
discriminações e perseguições. Elas devem ser ajudadas a testemunhar com a palavra
e com as obras o Evangelho”.
Invocando Maria, o Papa Francisco utilizou
palavras de Paulo VI: “Que o mundo do nosso tempo que procura, ora na angústia,
ora com esperança, possa receber a Boa Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes
e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de ministros do Evangelho cuja vida
irradie fervor, pois foram quem recebeu primeiro em si a alegria de Cristo, e são
aqueles que aceitaram arriscar a sua própria vida para que o reino seja anunciado
e a Igreja seja implantada no meio do mundo”. (Evangelii nuntiandi, 80). (CM)