O empenho da Santa Sé contra o tráfico de seres humanos
Nova Iorque (RV) – O tráfico de pessoas foi tema de uma sessão de debates do
Conselho de Segurança da ONU.
Em Nova Iorque, o Observador Permanente da Santa
Sé na ONU, Dom Francis Chullikatt, falou em especial dos progressos alcançados pelo
Plano Global das Nações Unidas de Combate ao Tráfico desde que foi lançado, em 2010.
O
Arcebispo reafirmou o compromisso da Igreja neste campo, e falou da necessidade do
trabalho conjunto para derrotar esta prática “abominável e imoral”, “uma afronta à
dignidade humana”.
Grande parte deste fenômeno, explicou Dom Chullikatt, nasce
da mobilidade mundial, de pessoas que migram em buscas de melhores condições de vida.
Mais do que escolha livre, se trata de uma necessidade. Nesta tentativa, porém, muitos
acabam vítimas de redes de tráfico, em especial mulheres e menores, explorados sexualmente
– fato que o representante da Santa Sé definiu como “escravidão moderna”.
Segundo
o Arcebispo, o tráfico de mulheres para fins sexuais representa 58% dos casos registrados
mundialmente – números que vêm crescendo nos últimos anos.
Os esforços para
deter esse comércio, adverte, deve estar intimamente relacionado com a determinação
para erradicar a pobreza e promover oportunidades econômicas mais equânimes.
“A
Igreja Católica, por meio de suas instituições e agências ao redor do mundo, oferece
assistência, cuidado e suporte a milhares de sobreviventes do tráfico humano. A Santa
Sé considera o Plano Global das Nações Unidas como uma boa oportunidade para revigorar
os esforços na luta contra esta chaga, de modo que as vítimas de hoje se tornem os
sobreviventes de amanhã.”