Mensagem de Dom Braz de Aviz aos Congressistas das novas formas de Vida Consagrada
Vaticano (RV) – O Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação
para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, enviou uma
Mensagem aos participantes do II Encontro das Novas Formas de Vida Consagrada, que
se realiza em Roma nos dias 17 e 18 do correste mês.
Partindo do tema do encontro,
“Originalidade e unidade para o bem da Igreja”, o Cardeal convidou os presentes a
uma reflexão comum, no respeito das diversas originalidades, “para compreender melhor
a própria identidade e ajudar a Igreja no necessário discernimento sobre a autenticidade
evangélica de cada Instituto”.
A denominação “novas formas de Vida Consagrada”,
afirma Dom Aviz, compreende um grande número de realidades, que, no momento atual,
dificulta até a classificação e o enquadramento no contexto da ordem eclesial, por
causa da sua novidade e originalidade, em relação às formas reconhecidas pelo Direito
Canônico.
O objetivo principal deste encontro em Roma, segundo o Cardeal, é
precisamente reconhecer alguns elementos comuns que distinguem esta variedade de formas
associativas. E, na impossibilidade de participar dos trabalhos dos congressistas,
Dom João Braz quis propor algumas sugestões, ligadas ao tema: a dimensão trinitária
nas novas formas de Vida Consagrada.
A Trindade, explicou ele, é fonte e modelo
de comunhão entre os que formam o único Povo de Deus, que é a Igreja. Neste sentido,
a Vida Consagrada está ciente de ter em vista, não apenas o exemplo de comunhão entre
a Comunidade primitiva dos cristãos de Jerusalém, mas também o protótipo de comunhão
das três Pessoas da Santíssima Trindade. Eis a natureza mais profunda e, ao mesmo
tempo, a vocação mais nobre de cada Comunidade religiosa.
É significativo,
conclui o Cardeal Aviz, que este encontro se realize na Vigília de Pentecostes. Na
multíplice variedade das “novas formas de Vida Consagrada”, podemos reconhecer a incessante
fecundidade do Espírito Santo, que continua a enriquecer a Igreja, Esposa de Cristo,
com novos dons carismáticos, mantendo-a, assim, sempre jovem e confirmando a perene
força renovadora do Evangelho em nossos dias. (MT)