Nova Iorque (RV) - Dura tomada de posição da ONU sobre a crise síria. Nesta
quarta-feira, 15, a Assembleia Geral em uma resolução pediu o fim imediato das violências
e o início de um processo de transição e de democratização. Entretanto, na Síria,
se continua a morrer.
Com uma resolução aprovada por 107 votos a favor, 12
contrários e 59 abstenções, a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu a oposição
como um intelocutor efetivo e representativo da Síria. A Assembleia lhe conferiu,
portanto, um amplo reconhecimento internacional mas diferentemente da Liga Árabe não
lhe concedeu a exclusividade na representação legítima do povo sírio.
Cautela,
portanto, também pelo proliferar de novos atores no mosaico da frente política contra
o Presidente Assad. Trata-se de uma nova forte condenação do regime e do aumento do
conflito. A resolução faz ainda apelo para que se dê início a um processo de transição
política sem porém acenar ao futuro de Assad, até o momento um dos principais freios
para uma transação negociada.
Ontem, entretanto, o coração de Damasco tremeu.
Uma explosão ocorreu diante da histórica e antiga mesquita de de Ommayadi. Também
no Golã a tensão cresce enquanto ontem pela sexta vez desde o início do conflito a
rede internet foi cortada em todo o país.
Após o anúncio de uma próxima conferência
internacional em Genebra sobre a Síria em nível ministerial, retorna em evidência
qual será o papel no futuro do Presidente Assad. Entretanto, no âmbito diplomático
sobressai a iniciativa dos Estados Unidos e Rússia de realizar em breve em Genebra
uma nova Conferência internacional sobre a Síria. (SP)