Papa Francisco reformará não só a Cúria Romana, mas toda a Igreja
Cidade do Vaticano (RV) – O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações
Sociais, Dom Claudio Maria Celli, participou da apresentação do livro de Massimo Franco,
intitulado “A crise do Império Vaticano. Da morte de João Paulo II à renúncia de Bento
XVI: por que a Igreja se tornou o novo imputado global?” (Edições Mondadori).
Na
apresentação do volume, Dom Celli afirmou que “o Papa Francisco se encontra diante
de uma herança complicada. Cabe a ele a reforma do órgão da Cúria Romana. Não se trata
de uma exigência apenas estrutural, mas, vai bem mais além: a Igreja precisa de uma
contínua renovação e de uma vida mais aderente a Cristo”.
Dom Claudio Celli
afirmou ainda não estar plenamente de acordo com a tese principal do livro de Massimo
Franco: “É inegável, disse, que existem diagnoses, sobre as quais se pode concordar,
mas, talvez, o autor não faria certas avaliações com a atual presença do Papa Francisco.
O texto situa-se, historicamente, na fase da “sede vacante”, mas não corresponde ao
que está acontecendo hoje, sob os olhares de todos”.
O arcebispo repercorreu
a última fase do Pontificado de Bento XVI, admitindo que a renúncia de Ratzinger surpreendeu
toda a Igreja, “inclusive nós mesmos, que nos encontramos diante de uma notícia inédita,
com todas as suas dificuldades e conseqüências. Contudo, embora eu compartilhe da
interpretação também das lutas internas no Vaticano, sinto muito que se pense que
um Papa renuncie por tais motivos. Pelo contrário, acrescentou Dom Celli, Bento XVI
estava ciente de não poder enfrentar ulteriores desafios impostos pela Fé.
O
Arcebispo Celli concluiu dizendo que, agora, o Papa Francisco deve enfrentar o tema
da reforma da Cúria, mas também aquele da “Igreja pobre para os pobres”, ajudando-a
a reencontrar-se com o Senhor. Estes dois meses de Pontificado abriram as portas da
Igreja à esperança, ao essencial, à periferia do mundo”. (MT)