Istambul: Delegações das Igrejas Católica e Ortodoxa debatem sobre liberdade religiosa
Istambul (RV) - "O fundamento do direito da liberdade religiosa vem da profundidade
da dignidade da pessoa humana. Portanto, um direito fundamental da pessoa, de seu
relacionamento com Deus e isso significa que não é apenas um direito que alguém ou
um Estado ou as Nações Unidas podem outorgar, mas pertence à natureza humana."
Estas
palavras foram proferidas pelo Secretário-Geral do Conselho das Conferências Episcopais
da Europa (CCEE), Dom Duarte da Cunha, sobre a mensagem que as Igrejas do Oriente
e do Ocidente darão nesta sexta-feira, 17 de maio, em Istambul, na Turquia, no seminário
de estudos intitulado "Liberdade religiosa hoje. Edito de Milão do Imperador Constantino:
1.700 anos depois".
O encontro que se encerra no sábado, 18, é promovido pelo
Patriarcado Ecumênico de Constantinopla junto com o CCEE. Estarão na cidade turca,
duas delegações representando as Igrejas Católica e Ortodoxa do continente europeu.
Farão
parte da delegação católica, além do Presidente da CCEE, Cardeal Peter Erdo, o Arcebispo
maronita de Chipre, Dom Youssef Soueif, o Bispo Auxiliar e Vigário Patriarcal para
a Jordânia do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Maroun Elias Lahham, que dará seu
testemunho sobre a situação dos cristãos no Oriente Médio, e o bispo francês de Dijon,
Dom Roland Minnerath.
"Acredito que os cristãos estejam cientes deste direito
fundamental da dignidade da pessoa humana e querem contribuir como Igreja, porque
não se trata de defender uma exigência, mas reconhecer e promover algo que pertence
à dignidade da pessoa", frisou Dom Duarte da Cunha.
"Esse encontro tem um valor
ecumênico importante. O fato de ser promovido pelo Patriarca Ecumênico de Constantinopla,
Bartolomeu I, e celebrar os 1.700 anos do Edito de Milão, em Istambul, convidando
o CCEE não só para estar presente, mas para colaborar e levar uma delegação da Igreja
Católica, é um sinal de que as relações entre católicos e ortodoxos são fecundas,
sobretudo quando se trata de questões essenciais, tais como a liberdade religiosa
e os direitos humanos", concluiu o Secretário-Geral do CCEE. (MJ)