2013-05-11 10:40:33

Arcebispo Eterović: os jovens são protagonistas da nova evangelização


Cidade do Vaticano (RV) - Os jovens, seminaristas e leigos destinatários e promotores da nova evangelização, à luz das linhas do Sínodo que se realizou em outubro passado sobre este tema, o qual esteve no centro do "Dia de Estudo" organizado em Roma na Pontifícia Universidade Lateranense pelo Instituto Pastoral "Redemptor Hominis". Os trabalhos foram abertos na manhã de terça-feira pelo secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterović, a quem a Rádio Vaticano perguntou quais efeitos a mensagem do Sínodo tem tido nas Igrejas particulares:

Dom Nikola Eterović:- "Pode-se falar de uma renovação da pastoral ordinária, segundo um novo entusiasmo, novos métodos, novas expressões, e de uma maior atenção em relação às pessoas, que se distanciaram, batizadas, mas insuficientemente catequizadas. Também o Santo Padre Francisco fala sobre a necessidade de se ir às periferias para encontrar essas pessoas. Portanto, fala-se de missão continental, de missão cidadã – sobretudo nos momentos fortes do ano litúrgico –, de missão popular, que é preciso retomar."

RV: Desde o início, o Papa usou o termo "evangelizar" e também ressaltou o fato que a Igreja deve sair ao encontro das pessoas para conquistá-las, estar no meio delas. Esse novo impulso os ajudou?

Dom Nikola Eterović:- "Sem dúvida, porque Jesus Cristo está vivo no meio de nós, nos dá o seu Espírito Santo, e nós devemos viver esta realidade e transmiti-la aos outros de modo acessível e compreensível. Jesus Cristo é sempre atual, sobretudo para o nosso homem contemporâneo, que busca a verdade, a justiça e a paz, e a pode encontrar somente em Jesus Cristo."

RV: No documento final do Sínodo se fala sobre família e paróquia como lugares centrais para a evangelização, bem como sobre a importância dos jovens, que não devem ser desencorajados, mortificados em seu entusiasmo. Esse é também um tema presente nas palavras do Papa Francisco: "Não percam a esperança, mirem alto!" Tudo isso tem dado um novo impulso?

Dom Nikola Eterović:- "Sem dúvida, porque os jovens são a esperança da Igreja e do mundo, que infelizmente hoje se encontra de certo modo em crise, porque muitos pais não conhecem suficientemente a fé e não podem transmitir esse conteúdo aos filhos. Neste caso, é a comunidade inteira que deve ajudar esses pais: paróquias, os movimentos e as muitas iniciativas das Igrejas particulares. Inclusive o grande catequista, o Santo Padre Francisco, se coloca nessa estrada. Porém, os jovens não são somente objeto, são também sujeito da nova evangelização. Temos habitualmente experiências muito bonitas: por exemplo, com os jovens preparando-se para o Sacramento da Comunhão, por vezes também os pais se aproximam de Jesus, genitores que por vários motivos se haviam distanciado."

RV: Com este "Dia de Estudo" qual novo elemento se quis inserir no contexto de ulterior reflexão sobre o tema da nova evangelização?

Dom Nikola Eterović:- "Este dia de estudo se inseriu no processo de reflexão sobre o tema do Sínodo "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã" aberto aos jovens que estão estudando e se preparando para serem novos evangelizadores. Portanto, é importante especificar o que entendemos por nova evangelização. Depois, esses jovens devem também anunciar aquilo que vivem nos ambientes onde se tornarão evangelizadores, visto que não há somente seminaristas, sacerdotes, mas também leigos. É também importante o testemunho dos leigos, nos ambientes onde vivem, a começar pela família, pela paróquia, pelas Associações, pelos Movimentos e assim por diante."

RV: Com relação às intenções do Sínodo, àquilo a que o Sínodo se propôs, quais desafios surgiram, se é que apareceram novos desafios neste espaço de tempo?

Dom Nikola Eterović:- "Compreendemos que o tema é muito atual e concerne à Igreja inteira, mesmo se, de modo particular, diz respeito aos países mais secularizados. Porém, em nosso mundo globalizado o tema diz respeito também aos países de primeira evangelização: muitos também nestes países se distanciaram da Igreja. Existem algumas barreiras, inclusive culturais, que devemos superar, mas há muita abertura, muito desejo de ser testemunhas de Jesus Cristo, não tanto com palavras, quanto com o exemplo de vida." (RL)







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