Roma (RV) – Uma pesquisa sobre novas religiões conduzida pela CESNUR e publicada
no L'Osservatore Romano, revelou que na Itália existem 836 denominações religiosas,
não obstante o catolicismo seja a religião mais praticada.
Os dados revelam
um consistente aumento dos imigrantes ortodoxos, sobretudo romenos, que já se aproximam
das cifras relativas aos muçulmanos, devendo superá-los nos próximos anos, mantendo-se
a tendência atual.
Os imigrantes que professam alguma religião diferente da
católica são 3.218.000. Além de ortodoxos e muçulmanos, expressivas são as comunidades
de imigrantes protestantes com 212 mil seguidores, a maioria pentecostais; hinduístas,
114 mil; budistas 103 mil e sikhs, 60 mil, sem contar as Testemunhas de Jeová, cerca
de 17 mil seguidores.
Os italianos não-católicos são 1.417.000 que, somados
aos imigrantes não-católicos, totalizam 4.635.400, ou seja, 2,5% dos italianos e 7,6%
dos habitantes na Itália pertencem a minorias religiosas.
Entre os cidadãos
italianos, depois do catolicismo, as religiões protestantes, com 435 mil fiéis, são
as mais seguidas. Entre estes, as Igrejas 'históricas' como a Valdense, a Luterana,
Reformados, Metodistas e Batistas tiveram uma redução de 14,2%, enquanto os pentecostais
aumentaram 72%.
O caráter inovador da pesquisa está na revisão dos dados apresentados
por outros institutos em estudos análogos através a utilização de diferentes critérios
de levantamento. Neste sentido, os dados do CESNUR se distanciam daqueles apresentados
no Relatório Anual da Cáritas-Migrantes, por exemplo. (JE)