2013-05-08 20:35:53

Caritas Zâmbia: "É preciso pensar no bem do país"


Lusaka (RV) - "Um ato imoral, um escândalo, um sinal de incoerência de um governo que proclamou a opção preferencial pelos pobres como ponto de referência para o seu trabalho."

Estas palavras estão contidas numa nota da Caritas Zâmbia sobre as demissões de alguns membros do Parlamento, ocorridas nesses dias. "Um gesto que, depois das eleições gerais de 2011, levou o país a um impasse, envolvendo a despesa de ulteriores fundos públicos para nova votação, em detrimento das necessidades urgentes da sociedade", ressalta ainda o comunicado.

Por esta razão, a Caritas recorda "as crianças que morrem de fome nos hospitais, o aumento do preço do combustível e os projetos sociais que estão parados por causa da falta de fundos". "Uma verdadeira lista de condições humanas desesperadas que o Governo não está preocupado, com a desculpa de ter recursos financeiros limitados", ressalta o comunicado.

A Caritas se pergunta: "Como podem os parlamentares ignorar o sofrimento que aflige a população do país através de suas demissões e a realização de novas eleições?"

O organismo caritativo católico pede aos membros das Caritas diocesanas para não se envolverem, como observadores, na monitoração das novas votações. "Condenamos com veemência o uso indevido de recursos públicos para as eleições" – destaca o documento.

"Não vamos nos envolver na monitoração, uma vez que se trata de um desperdício de nossos recursos limitados e uma ameaça para a democracia, para a qual lutamos e juramos proteger", concluiu o comunicado. (MJ)







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