Alemanha: Católicos criticam política de austeridade na Europa
Colônia (RV) - O Movimento Católico de Trabalhadores da Alemanha (KAB) emitiu
um comunicado "em favor da justiça e da solidariedade na Europa", onde critica as
medidas econômicas e sociais que estão a ser implementadas em vários países europeus.
"A
política de austeridade na Europa levou a uma situação que já não é aceitável do ponto
de vista jurídico, porque vai contra a dignidade humana", ressalta a organização num
comunicado enviado esta segunda-feira à Agência Eclesia.
O KAB aponta para
o exemplo português, onde "as reduções nas despesas são mais sentidas no setor social
e nos rendimentos das pessoas onde o Estado tem acesso direto", como "é o caso dos
reformados, desempregados e funcionários públicos".
"Esta estratégia é visível
em toda a Europa. A economia é dispensada ou até recebe vantagens fiscais. Os ricos
podem esconder os seus bens em paraísos fiscais e, na maioria dos casos, não são acusados",
lamentam os trabalhadores católicos alemães.
No caso da Alemanha, a situação
econômica e social começa também a agravar-se, apesar dos esforços da mídia em mostrar
"que o país conseguiu resistir bem à crise".
De acordo com o KAB, "existe cada
vez mais pessoas que não conseguem viver de sua renda" ao mesmo tempo se tem verificado
"um aumento dos setores onde se pagam salários muito baixos".
"A política alemã
está seguindo uma tendência que se nota em toda a Europa: dum lado aceita-se que muitas
pessoas ficam cada vez mais pobres, enquanto a riqueza dum grupo pequeno está crescendo",
refere o organismo.
Os membros do KAB colocam-se "do lado dos pobres, seguindo
os passos do Papa Francisco que invoca, da parte de toda a Igreja, solidariedade com
os pobres e com as vítimas de exploração".
"Junto com outros movimentos de
trabalhadores e da sociedade civil na Europa", os operários católicos da Alemanha
reivindicam "uma política que esteja a serviço das pessoas e não a serviço do capital".
(MJ/Agência Ecclesia)