Buenos Aires (RV) - Anibal Gulias é um dos 35 mil taxistas de Buenos Aires
e teve a oportunidade de conhecer e conversar em diversas ocasiões com o então Cardeal
Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco. Lembra que ele sempre lutou contra o fato
da Argentina ser uma “fábrica de pobres”. Em entrevista concedida ao grupo ACI, Anibal
comenta que se sente “orgulhoso sim, mas mais que orgulhoso, feliz”, de ver como Papa
ao então Cardeal Bergoglio.
“Vejo que é um homem capaz, inteligente, humilde
e com muitas vontades de poder transformar a Igreja e defender realmente quem tem
que defender que são os pobres. Os ricos podem defender-se sozinhos, os pobres não.
E ele é a pessoa indicada para fazer esse trabalho”, disse.
Sobre como o conheceu,
este taxista relata que serve na pastoral social da diocese de Avellaneda-Lanús e
que assim pôde conversar em várias ocasiões com o Cardeal. “Pude conhecê-lo como pessoa
(...) conversando como nós estamos conversando agora e demonstrou sempre essa humildade
que agora vemos”. O Papa, prosseguiu, “fala com qualquer pessoa. Não era estranho
vê-lo passar caminhando com sua maleta por aqui (…) Nós o víamos caminhando, pegando
ônibus e viajando de metrô”.
Para o Gulias, o Papa Francisco “é uma pessoa
absolutamente normal com uma capacidade intelectual muito elevada, uma formação jesuíta
que para a Igreja é uma grande mudança e de uma humildade e simplicidade que têm as
pessoas que são realmente grandes”. Depois de assinalar que o Papa “é um grande homem”,
o taxista afirma que “acho que Bergoglio é uma bênção para a Igreja do mundo (…)”.
“É como se os problemas do Vaticano fossem menores que os problemas que tinha na Argentina,
que infelizmente eram muitos. Não pela Igreja, mas sim pela política do país que é
uma fábrica de pobres a qual ele sempre se opôs e lutou contra isso”.
Seu
Anibal conclui assinalando estar convencido de que o Papa Francisco “vai fazer uma
mudança se o deixarem. Vai fazer uma mudança importante realmente importante na Igreja
universal”. (SP-ACI)