2013-04-30 11:47:49

1° de Maio, Dia do Trabalhador - Manifestações pelo direito ao trabalho em tempo de crise


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Amanhã 1º de Maio, dia dos trabalhadores são tantas as manifestações em todo o mundo para chamar a atenção ao direito ao trabalho e também a tutela da dignidade e da segurança dos trabalhadores tal e qual como desejou o Papa Francisco no Domingo passado no Regina Caeli. O Santo Padre recordou a derrocada de uma fábrica no Bangladesh em que perderam a vida, segundo os últimos números, 381 pessoas. Ouçamos as palavras do Papa...

"Neste momento desejo elevar uma oração pelas numerosas vítimas causadas pelo trágico colapso de uma fábrica em Bangladesh. Exprimo a minha solidariedade e profunda proximidade às famílias que choram pelos seus entes queridos e do profundo do meu coração elevo um forte apelo para que seja sempre tutelada a dignidade e a segurança do trabalhador."

Roberta Gisotti, nossa colega da redação italiana da Rádio Vaticano, ouviu Luca Visentini, secretário-geral da CES-Confederação dos Sindicatos Europeus em Bruxelas sobre o caso do Bangladesh e o estado actual do mundo do trabalho:

"A coisa que mais me impressionou foram as declarações das grandes multinacionais europeias e norte-americanas, que afirmaram que não é problema deles garantir que os seus subcontratantes possam garantir, por sua vez, as condições de trabalho seguras e - digamos – tuteladas dos trabalhadores no País. Não se percebe bem quem se deveria responsabilizar pela segurança dos edifícios, pela segurança das condições de trabalho e assim por diante? Diante do facto de que o Estado de Bangladesh, e até mesmo algumas empresas subcontratantes tinham solicitado um plano extraordinário de investimentos, que passava também por um aumento nos preços que as multinacionais devem pagar para obter os produtos confeccionados para a revenda - algumas vezes - de uma centena de vezes o seu valor nos mercados ocidentais: diante deste pedido, estas empresas multinacionais responderam que, basicamente, não lhes importa nada! Acho, pois, que isto vai exactamente na direcção oposta em relação ao apelo que o Papa Francisco fez e que nós partilhamos plenamente."
(R.S.)







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