Síria: superada "a linha vermelha" de violações no conflito
Washington (RV) – A recente destruição do minarete da mesquita dos Omayyadi
em Aleppo e o sequestro de dois bispos, o metropolita greco-ortodoxo Boulos al-Yazigi
e o metropolita sírio-ortodoxo Mar Gregorios Yohanna Ibrahim, simbolizam “a superação
da linha vermelha” no conflito sírio. No campo de batalha, estão em constante aumento
as violações de direitos humanos e da liberdade religiosa, ataques a lugares e pessoas
motivados pela fé.
O alarme é lançado no novo relatório, intitulado “Proteger
e promover a liberdade religiosa na Síria”, publicado pela Comissão internacional
estadunidense sobre a liberdade religiosa (United States International Commission
on Religious Freedom).
A Comissão é um organismo independente do Congresso
dos EUA, criada em 1998 para monitorar a liberdade religiosa no mundo e oferecer recomendações
ao Governo de Washington.
O relatório afirma que são perpetrados continuamente
“ataques com causas religiosas contra civis muçulmanos sunitas e membros das comunidades
minoritárias, enquanto aumenta a violência sectária e a retórica do confronto com
base confessional. Isto tem grave impacto em todas as comunidades religiosas”.
A
Síria é um país historicamente diversificado do ponto de vista religioso, com uma
população de cerca de 22 milhões de pessoas (antes do conflito). A maior comunidade
religiosa é a sunita, muçulmana, com 75% da população.
Seguem os alawitas,
com 12% e os cristãos que representam 10%. Há também drusos (4%), os yezidis e uma
pequena presença hebraica, concentrada nas cidades de Damasco, Al Qamishli e Aleppo. (CM)