2013-04-25 14:45:04

Síria - Destruído o minarete da mesquita de Alepo


O minarete da mesquita Omíada em Alepo, uma das jóias da histórica cidade no Norte da Síria, desmoronou-se nesta quarta-feira, desencadeando uma troca de acusações entre os rebeldes e o Governo sírios sobre quem provocou o desabamento.
A notícia de mais um atentado contra o património histórico do país foi avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, citado pelo jornal Público e, pouco depois, fotografias começaram a circular na Internet mostrando a torre usada pelo muezzin para chamar os fiéis à oração reduzida a um monte de escombros.
Erguida no século VIII e reconstruída 500 anos depois, a mesquita Omíada guarda relíquias que se dizem ter pertencido ao profeta Maomé e é uma das jóias da cidade antiga de Alepo, classificada pela Unesco como património da humanidade. Apesar da classificação, a zona não tem sido poupada aos violentos combates que desde o último Verão destruíram parte de Alepo, a maior cidade da Síria, e ainda em Outubro a UNESCO lançou um apelo aos beligerantes para que protegessem a mesquita, que descreve como “uma das mais bonitas do mundo muçulmano”.
Também na província de Alepo dois bispos das Igrejas ortodoxas síria e grega foram sequestrados na segunda-feira, dia 22 como anunciou a agência oficial de notícias síria Sana. Já no início de fevereiro, dois padres foram sequestrados por homens armados no sul de Aleppo. Os padres Michel Kayyal, armênio católico, e Maher Mahfuz, greco-ortodox dos quais não se têm notícias desde que veículo em que viajavam rumo a Damasco foi interceptado por milicianos.
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota de imprensa e o próprio Papa Francisco se referiu ao sucedido no final da audiência geral:

“O sequestro dos metropolitas grego-ortodoxo e sírio-ortodoxo de Alepo de cuja libertação existem notícias contrastantes, é mais um sinal da trágica situação que está atravessando a querida nação síria, onde a violência e as armas continuam a semear a morte e o sofrimento. Enquanto por um lado recordo na oração os dois Bispos para que em breve regressem às suas comunidades, peço a Deus para que ilumine os corações. Renovo o premente apelo que fiz no dia de Páscoa para que cesse o derramamento de sangue, se preste a assistência humanitária necessária à população e se encontre quanto antes uma solução política para a crise”.









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