Igreja Ortodoxa Russa e Católica. Relação é normal para 58% dos russos, revela pesquisa
Moscou (RV) – Uma pesquisa realizada em março na Rússia por sociólogos do ‘Instituto
de Estatística Levada Center’, de Moscou, revelou que 58% dos russos, acham que as
relações entre as Igrejas Ortodoxa e Católica são normais.
Os dados revelados
pela Agência Interfax e referidos pelo L' Osservatore Romano, mostram que 29% dos
cidadãos russos entendem que as relações entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica
são bastante estreitas e amigáveis, 40% que deveriam ser melhores, 14% tensas, 6%
que são próximas e 2% hostis.
Em relação à eleição do Papa Bergoglio, mais
da metade dos entrevistados (56%) definiu a eleição do novo Pontífice como um acontecimento
importante, enquanto 33% não mostraram nenhum entusiasmo pelo ocorrido. A pesquisa
evidenciou ainda, que 35% dos entrevistados acompanhou a eleição do Papa, 47% ouvir
falar alguma coisa a respeito e os restantes 18% afirmaram não saber de nada.
A
sondagem evidenciou que os russos desejam que as relações entre as duas Igrejas possam
melhorar com a eleição do novo Papa. De fato, 38% dos entrevistados acham que as atuais
relações tem boa probabilidade de melhorar, enquanto 15% acha improvável que isto
aconteça.
Segundo o Instituto, a maioria dos entrevistados, 71%, disse ser
favorável a uma eventual visita do Papa Francisco à Rússia, enquanto 9% é contrário.
A
pesquisa também investigou a opinião dos russos sobre a influência ou interferência
da Igreja Ortodoxa no Estado. A maioria, 65%, acha que esta não deve existir, enquanto
26% é favorável. A maioria dos cidadãos, por outro lado, considera que esta influência
exista: 48% diz que é necessária, 19% de que não exista uma necessidade, 6 % que existe
muita influência e 15 % de que a influência não é o suficiente.
Outro dado
revelado pela pesquisa, é que 34% dos russos considera importante o papel das religiões
na vida social, 43% não acha importante e 19% defende que não tenha nenhuma influência. Por
fim, sobre o ensino religioso nas escolas, 60% dos entrevistados considera que os
estudantes poderiam estudar e aprofundar a história ou a religião e os fundamentos
das morais religiosas se os pais o quisessem. Por outro lado, 17%, defende que a religião
não deveria ser estudada nas escolas, enquanto 15% defendeu a reintrodução do ensinamento
religioso.