2013-04-22 14:32:00

Arcebispo Chullikatt sobre violência em guerra contra mulheres: "Ultraje à consciência da humanidade"


Nova York (RV) - As violências sexuais como arma de guerra são "um ultraje à consciência da humanidade" e "todos os Estados e a comunidade internacional devem fazer o melhor de si" para impedir tais violências.

Foi o apelo que o observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Francis Chullikatt, lançou no pronunciamento que fez em 17 do corrente, no âmbito do debate sobre mulheres, paz e segurança.

"Os contínuos episódios de violência sexual são um fenômeno que desencoraja e entristece", inclusive considerando o papel de "aliadas da paz" desempenhado pelas mulheres em muitos contextos de guerra, disse Dom Chullikatt.

Essas ações odiosas têm diferentes origens, explicou o arcebispo citando um relatório do secretário-geral da ONU. É decepcionante que a esse propósito não sejam ressaltados "os ataques seletivos" baseados em pertenças religiosas, apesar de tais ataques se verificarem em "quase todas as partes do mundo", observou o representante da Santa Sé.

A violência contra as mulheres – prosseguiu – "é uma humilhação da dignidade delas", mas também da dignidade "do agressor", que com essas ações "avilta" a sua natureza humana.

Em seguida, o representante da Santa Sé deteve-se sobre as possíveis medidas de prevenção à violência, ressaltando também a importância de normas penais que protejam as vítimas das violências e tornem os responsáveis puníveis.

O representante vaticano ressaltou que é igualmente importante a assistência às vítimas, que muitas vezes são "marginalizadas de suas comunidades" de origem.

A esse propósito, Dom Chullikatt recordou que o aborto só representa "uma ulterior violência contra uma mulher já em dificuldade" a quem, ao invés, deveria ser oferecida ajuda para todo tipo de necessidade "material, social e espiritual". (RL)







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