Bispos de Moçambique dizem não à guerra e violência no país
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A Conferência
Episcopal de Moçambique (CEM)concedeu esta quarta-feira (17), uma conferência de Imprensa
na cidade de Maputo, na qual deu a conhecer a sua Nota Pastoral. Dos vários assuntos
debatidos e apreciados 1ª Secção Ordinária da Assembleia Plenária da CEM deste 2013,
esteve em destaque, os ataques entre as Forças de Intervenção Rápida governamentais
e os homens armados da Renamo, registados em Muxúnguè e Gondola, nas províncias de
Sofala e Manica, respectivamente. "…neste país já não há espaço para guerra
nem violência…" Dos ataques armados em apreço, houve várias baixas mortais
de ambas as partes, e os repúdios ao incidente não faltaram, assim como os apelos
ao diálogo não tardaram. Os Bispos de Moçambique, dizem que neste país, já não há
espaço para guerra nem violência, pois todos devem primar pela manutenção da paz.
O Bispo Auxiliar de Maputo e igualmente porta-voz da Conferência Episcopal de
Moçambique, Dom João Carlos, afirma que o diálogo mútuo é a única via para pôr fim
a qualquer diferendo, por isso, reafirma. O povo moçambicano não quer guerra, seja
de que envergadura for. Estes incidentes de ameaça à paz, acontecem numa altura
em que têm sido descobertos recursos no país, e a este propósito, o Porta-voz da Conferência
Episcopal de Moçambique, diz que há que os moçambicanos se acautelarem dos ambiciosos
e gananciosos que possam tirar partido da instabilidade política no país. Respeitar
os protocolos do Acordo Geral de Paz Por seu turno, o arcebispo de Maputo,
Dom Francisco Chimoio, apela para que os protocolos que precederam o Acordo Geral
de Paz, que pôs fim a guerra de 16 anos em Moçambique, sejam respeitados pela Frelimo
e a Renamo, co-signatários. De referir que altas patentes dos Ministérios da Defesa
Nacional e do Interior de Moçambique, reuniram-se semana finda, em Maputo. Os encontros
surgem em resposta aos pedidos formulados pela Renamo aos ministros da Defesa Nacional
e do Interior para, de um modo geral abordar a situação política do país e particularmente
algumas inquietações correlação às Forças Armadas e a Polícia da República de Moçambique.
(H.J.)