O Concílio 50 anos depois: passar de uma fé de ritos, de celebração, para uma fé de
vida, de testemunho concreto de Cristo
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, com satisfação eis-nos novamente aqui neste espaço
do nosso programa dedicado à nova evangelização, em cuja fase temos voltado a nossa
atenção para o Concílio Vaticano II 50 anos depois.
Como já destacado, o termo
"nova evangelização" propriamente dito não aparece no Concílio Vaticano II, mas seu
conceito se encontra nele subjacente, de forma embrionária, sendo depois desenvolvido
pelo Papa Paulo VI, de modo particular na Exortação apostólica pós-sinodal Evangelii
nuntiandi, de 1975, em que fala sobre os tempos novos da evangelização.
A nova
evangelização enquanto chamado a "novas expressões, novos métodos e novo ardor missionário"
ganha impulso no Pontificado de João Paulo II, sendo ulteriormente reforçado com o
Papa Bento XVI, e agora com o Papa Francisco.
Na edição de hoje trazemos a
contribuição do arcebispo de Maringá, PR, Dom Anuar Battisti, que nos destaca, no
âmbito da 51ª Assembleia Geral da CNBB – em andamento até esta sexta-feira, dia 19,
em Aparecida, SP – a constante referência dos bispos, em seus pronunciamentos, aos
documentos do Concílio Vaticano II e ao testemunho do Papa Francisco.
De fato,
"o Espírito Santo, que Jesus Cristo concede em abundância, está na origem da Igreja,
que, por sua natureza, é missionária". "A Igreja existe para evangelizar" e o anúncio
do Reino de Deus é feito de palavras e gestos concretos.
Nesse sentido, o arcebispo
de Maringá parte da consideração segundo a qual a evangelização passa necessariamente
pelo testemunho, e, olhando para a caminhada eclesial ao longo destes 50 anos que
nos separam do Concílio Vaticano II, nos destaca a consciência amadurecida da Igreja
de que precisamos passar de uma fé de ritos, de celebração, para uma fé de vida, de
testemunho concreto de Cristo. Ouçamos Dom Anuar Battisti: (RL)