Aparecida (RV)
– O penúltimo dia de trabalhos da 51ª Assembleia geral da CNBB teve início, como de
costume, com a celebração da Santa Missa na Basílica Nacional. A celebração desta
manhã foi presidida pelo Bispo de Livramento de Nossa Senhora, BA, Dom Armando Bucciol,
na recordação dos 50 anos do Vaticano II mais especificamente a Constituição Sacrosanctum
Concilium que trata da liturgia.
Os trabalhos desta manhã se concentram em
uma sessão reservada e com pronunciamentos de comissões. Outra sessão reservada será
realizada no final da tarde precedida com a análise do tema da Questão Agrária.
No
dia de ontem durante a coletiva de imprensa os temas evidenciados foram a Jornada
Mundial da Juventude e os povos quilombolas.
Encontraram a imprensa Dom Orani
Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ); Dom Eduardo Pinheiro, Bispo auxiliar de
Campo Grande (MS) e Dom Pedro Cunha Cruz, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ).
O
Porta voz da Assembleia, Dom Dimas Lara Barbosa destacou que entre as atividades de
ontem na Assembleia foram discutidos assuntos relacionados aos povos indígenas, Sínodo
dos Bispos, Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a possibilidade de uma coleta especial
para ajudar nos custos da JMJ.
Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro
(RJ) apresentou aos jornalistas as últimas informações de organização da Jornada Mundial
da Juventude. “O Rio de Janeiro já tem vocação em sediar grandes eventos e a JMJ é
um serviço prestado a sociedade e a juventude do mundo”, afirmou.
O Arcebispo
ressaltou também que está será a primeira visita internacional do Papa Francisco para
falar com os jovens, 26 anos após a primeira JMJ da América Latina, que aconteceu
na Argentina.
“O Rio de Janeiro tem características próprias e estamos trabalhando
em conjuntos com o Estado no que se diz respeito a transporte e segurança. Ressalto
também que as inscrições ainda estão abertas e continuamos a animar as pessoas para
acolher a juventude em suas casas”.
Dom Orani citou ainda que a JMJ terá eventos
culturais como exposições, apresentações, cinema entre outros.
“A JMJ é feita
para os jovens e pelos jovens e desta forma a Igreja está olhando e investindo em
pessoas para o futuro da humanidade, este é o grande diferencial da jornada”.
Ainda
sobre a JMJ, Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Capo Grande (MS) e referencial
a juventude, falou sobre a dedicação da Igreja a juventude.
“A Igreja no Brasil
tem um carinho muito grande com a juventude e neste ano, em especial, foi ainda mais
valorizada com a Campanha da Fraternidade”, afirmou. Para dom Eduardo a Campanha da
Fraternidade visa atingir as estruturas da Igreja e o mundo adulto, que precisa valorizar
os jovens.
O bispo citou ainda a peregrinação dos ícones da JMJ que percorrem
todo o Brasil, sendo um momento muito importante e particular de reunir os jovens
nas dioceses.
Já Dom Pedro Cunha Cruz, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ)
abordou as questões referentes ao povo quilombola e o Documento Verde. “Nosso objetivo
é tornar publico as violações dos direitos humanos sofridas por estes grupos ao longo
dos anos”, afirmou.
O bispo manifestou preocupação com Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) nº 215 foi aprovada em março do ano passado pela Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara dos Deputados e significou um retrocesso às garantias e direitos
constitucionais dos povos indígenas.
“A Igreja se coloca solidaria no que se
diz respeito a dignidade cultural destes povos e a especulação feita pelos grandes
grupos financeiros”, finalizou.
Sobre o documento nós conversamos com Dom Erwin
Krautler, Bispo da Prelazia do Xingu....
Ainda ontem uma nota de solidariedade
aos moradores em situação de rua assinada pelos membros da Comissão Episcopal Pastoral
para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB. O Presidente da Comissão, Dom Guilherme
Werlang, Bispo de Ipameri, GO, nos falou da nota.... (Silvonei José)