Uberaba (RV) - Pastor e ovelhas caminham numa relação afetiva, de autoridade
e de acolhida. Dizemos que Deus é pastor do povo de Israel, e Jesus é pastor de todos
os seres humanos. Mas o pastoreio se estende por todas as pessoas que têm o papel
de responsabilidade diante dos compromissos e da missão assumidos na vida real.
É
inconcebível um pastor que não conhece as suas ovelhas, não tendo, por isto, como
acompanhá-las de perto e de ajudá-las em suas necessidades. Com muita facilidade toma
atitudes de exploração e de desrespeito para com elas. Normalmente os mais fracos
sofrem as consequências e o peso das arbitrariedades cometidas, sem respeito, aos
mais fracos e excluídos dos direitos que são de todos.
O que dá sustentação
e credibilidade à voz de Jesus Cristo, como Pastor, é a realidade da ressurreição.
Ele continua vivo e atuando na pessoa de quem procura fazer o bem, de quem age preocupado
com a dignidade das pessoas, tanto na justiça como na fraternidade. Estes são frutos
de quem entendeu o sentido vital da ressurreição.
Algumas atitudes negativas
fazem parte da nossa vida. Entre elas podemos destacar a inveja, a facilidade no campo
da exploração, o egoísmo e coisas parecidas. São as chamadas impurezas, aquilo que
desqualifica o exercício dos pastores, porque passam a ter uma prática de exploração
que prejudica o povo.
Muitos dirigentes “sacodem as poeiras dos sapatos” (At
13, 51). Agem de forma descompromissada e com pouca visão do bem comum, trazendo como
consequência, o sofrimento de muita gente. Não tratam as ovelhas como elas merecem
e nem levam em conta os parâmetros que são garantidos pela lei contida na Constituição.
A
pureza de coração é um dom que vem de Deus. É não se deixar corromper pela cultura
do ter, do poder e do prazer. A contaminação da idolatria é muito forte e envolvente,
que vem afetando a fidelidade de muitos líderes bem intencionados. Quem é fiel aos
princípios da ética e da justiça tem a proteção incondicional de Deus.