2013-04-15 14:47:45

No III Domingo da Páscoa o Papa Francisco pediu anúncio do Evangelho com o testemunho da vida


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No final da tarde do dia de ontem o Papa Francisco celebrou a Eucaristia em S. Paulo Fora de Muros naquela que foi a sua primeira visita a tão importante Basílica onde começou por rezar junto do sepulcro do Apóstolo Paulo. Na homilia ali proferida o Santo Padre deixou-nos uma forte afirmação baseada nas leituras do Terceiro Domingo da Páscoa:

Não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida.

Papa Francisco lançou também algumas questões que buscam respostas concretas.
“Gostaria que todos se interrogassem: Tu, eu, adoramos o Senhor? Vamos ter com Deus só para pedir, para agradecer, ou vamos até Ele também para O adorar?

Daqui deriva uma consequência para a nossa vida: despojar-nos dos numerosos ídolos, pequenos ou grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais buscamos e muitas vezes depomos a nossa segurança. São ídolos que frequentemente conservamos bem escondidos; podem ser a ambição, o gosto do sucesso, o sobressair, a tendência a prevalecer sobre os outros, a pretensão de ser os únicos senhores da nossa vida, qualquer pecado ao qual estamos presos, e muitos outros. Há uma pergunta que eu queria que ressoasse, esta tarde, no coração de cada um de nós e que lhe respondêssemos com sinceridade: Já pensei qual possa ser o ídolo escondido na minha vida que me impede de adorar o Senhor? Adorar é despojarmo-nos dos nossos ídolos, mesmo os mais escondidos, e escolher o Senhor como centro, como via mestra da nossa vida”.

Na manhã de ontem Terceiro Domingo da Páscoa o Papa Francisco rezou o Regina Coeli numa Praça de S. Pedro repleta de mais de 80 mil peregrinos Tendo em conta as leituras do dia o Santo Padre colocou questões:
"Onde encontravam os primeiros discípulos a força para aquele testemunho? De onde vinha a alegria e coragem para anunciar, não obstante os obstáculos e a violência? Não podemos esquecer que os apóstolos eram pessoas simples, não eram escribas, doutores da lei, nem pertencentes à classe sacerdotal. Como puderam, com os seus limites e a oposição por parte das autoridades, encher Jerusalém com o seu ensinamento?

"É claro que somente a presença com eles do Senhor Ressuscitado e a ação do Espírito Santo podem explicar este fato. A sua fé se baseava numa experiência tão forte e pessoal de Cristo morto e ressuscitado, que não tinham medo de nada nem de ninguém, e até mesmo viam as perseguições como um motivo de honra, que lhes permitia seguir os passos de Jesus e assemelhar-se a Ele, testemunhando com a vida".

O Papa Francisco deixou claro que estes acontecimentos das primeiras comunidades cristãs demonstram-nos algo muito importante:

"Quando uma pessoa conhece verdadeiramente Jesus Cristo e crê nele, experimenta a Sua presença na sua vida e a força da sua ressurreição, e não pode deixar de comunicar essa experiência. E, se encontra incompreensões ou adversidades, comporta-se como Jesus na sua Paixão: responde com o amor e com a força da verdade".

E o Papa concluiu convidando todos a pedirem a Maria Santíssima "para que a Igreja em todo o mundo anuncie com franqueza e coragem a Ressurreição do Senhor e testemunhe de maneira eficaz com sinais de amor fraterno". E convidou a rezar especialmente pelos cristãos que sofrem perseguição dizendo "que eles sintam a presença viva do Senhor Ressuscitado".
E de todos se despediu na sua fórmula costumeira:

A tutti voi buona domenica e buon pranzo. (R.S.)








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