No III Domingo da Páscoa o Papa Francisco pediu anúncio do Evangelho com o testemunho
da vida
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No final da
tarde do dia de ontem o Papa Francisco celebrou a Eucaristia em S. Paulo Fora de Muros
naquela que foi a sua primeira visita a tão importante Basílica onde começou por rezar
junto do sepulcro do Apóstolo Paulo. Na homilia ali proferida o Santo Padre deixou-nos
uma forte afirmação baseada nas leituras do Terceiro Domingo da Páscoa:
Não
se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida.
Papa
Francisco lançou também algumas questões que buscam respostas concretas. “Gostaria
que todos se interrogassem: Tu, eu, adoramos o Senhor? Vamos ter com Deus só para
pedir, para agradecer, ou vamos até Ele também para O adorar?
Daqui deriva
uma consequência para a nossa vida: despojar-nos dos numerosos ídolos, pequenos ou
grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais buscamos e muitas vezes depomos
a nossa segurança. São ídolos que frequentemente conservamos bem escondidos; podem
ser a ambição, o gosto do sucesso, o sobressair, a tendência a prevalecer sobre os
outros, a pretensão de ser os únicos senhores da nossa vida, qualquer pecado ao qual
estamos presos, e muitos outros. Há uma pergunta que eu queria que ressoasse, esta
tarde, no coração de cada um de nós e que lhe respondêssemos com sinceridade: Já pensei
qual possa ser o ídolo escondido na minha vida que me impede de adorar o Senhor? Adorar
é despojarmo-nos dos nossos ídolos, mesmo os mais escondidos, e escolher o Senhor
como centro, como via mestra da nossa vida”.
Na manhã de ontem Terceiro Domingo
da Páscoa o Papa Francisco rezou o Regina Coeli numa Praça de S. Pedro repleta de
mais de 80 mil peregrinos Tendo em conta as leituras do dia o Santo Padre colocou
questões: "Onde encontravam os primeiros discípulos a força para aquele testemunho?
De onde vinha a alegria e coragem para anunciar, não obstante os obstáculos e a violência?
Não podemos esquecer que os apóstolos eram pessoas simples, não eram escribas, doutores
da lei, nem pertencentes à classe sacerdotal. Como puderam, com os seus limites e
a oposição por parte das autoridades, encher Jerusalém com o seu ensinamento?
"É
claro que somente a presença com eles do Senhor Ressuscitado e a ação do Espírito
Santo podem explicar este fato. A sua fé se baseava numa experiência tão forte e pessoal
de Cristo morto e ressuscitado, que não tinham medo de nada nem de ninguém, e até
mesmo viam as perseguições como um motivo de honra, que lhes permitia seguir os passos
de Jesus e assemelhar-se a Ele, testemunhando com a vida".
O Papa Francisco
deixou claro que estes acontecimentos das primeiras comunidades cristãs demonstram-nos
algo muito importante:
"Quando uma pessoa conhece verdadeiramente Jesus
Cristo e crê nele, experimenta a Sua presença na sua vida e a força da sua ressurreição,
e não pode deixar de comunicar essa experiência. E, se encontra incompreensões ou
adversidades, comporta-se como Jesus na sua Paixão: responde com o amor e com a força
da verdade".
E o Papa concluiu convidando todos a pedirem a Maria Santíssima
"para que a Igreja em todo o mundo anuncie com franqueza e coragem a Ressurreição
do Senhor e testemunhe de maneira eficaz com sinais de amor fraterno". E convidou
a rezar especialmente pelos cristãos que sofrem perseguição dizendo "que eles sintam
a presença viva do Senhor Ressuscitado". E de todos se despediu na sua fórmula
costumeira: