2013-04-15 13:02:34

Esporte e voluntariado marcam os 100 dias para a JMJ


Rio de Janeiro (RV) - Agora é oficial. Faltam 100 dias para a Jornada Mundial da Juventude e para marcar a contagem regressiva, comemorações foram realizadas com muita oração, música, dança e práticas esportivas. Na manhã deste domingo, dia 14 de abril, nem a chuva espantou as pessoas dos atos esportivos na praia de Copacabana, dentre eles partidas de vôlei, futebol, caminhada, slackline, oficinas de surf, longboard, patins e uma roda de capoeira. A praia receberá durante a Jornada, em julho, três dos Atos Centrais, dois deles com a presença do Papa Francisco.

Além disso, um time de seminaristas jogou futebol contra a escolinha Geração, da própria praia de Copacabana. Tudo isso foi mais uma forma de comemorar esse marco na expectativa da Jornada. Na sexta-feira ocorreu a Vigília, em que os jovens passaram pelo boêmio bairro da Lapa e, ontem à tarde, houve uma animada feijoada na Quadra da Unidos da Tijuca, na área portuária.

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que esteve presente no evento esportivo de hoje, acredita que essa é uma movimentação dos jovens para dizer ao mundo que, daqui a 100 dias, teremos a JMJ. Para ele, “O esporte é o rosto do Rio de Janeiro. É um jeito de lembrar as pessoas que o esporte pode ser saudável e também ajudar a trabalhar em equipe, viver em equipe e dar um sentido para sua própria vida, num sentido de fraternidade, de ajuda mútua, de crescimento”, afirmou. Para ele, o Rio de Janeiro tem a missão de acolher jovens do mundo todo e dizer: “jovens, nós confiamos em vocês, coragem e vão adiante”, disse.

Como bem lembrou Larissa Barros Fernandes, uma das coordenadoras da caminhada, a Jornada Mundial da Juventude não é somente aquela semana tão esperada em julho, ela é resultado de toda uma preparação e assim, já está presente na cidade.

Um dos coordenadores gerais das comemorações dos 100 dias rumo à JMJ, Walmyr Junior, responsável pelas atividades esportivas, disse que ele e as demais pessoas da organização não pensaram apenas em um futebol, ou em uma partida de vôlei, visto que a juventude é muito diversificada, apresentando gostos também para outros esportes. “Primeiro a gente pensou na qualidade de vida que todo ser humano deve buscar. Jesus Cristo disse: ‘Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância’. Nada melhor do que uma prática esportiva para melhorar nossa qualidade de vida e fazer com que a Jornada Mundial da Juventude possa também valorizar a vida da juventude na sua plenitude”, afirmou Walmyr.

Também com uma visão de trazer plenitude aos jovens, o seminarista Raílson Barbosa, que jogou no time de futebol do Seminário São José, destacou que levar a juventude para o futebol, o vôlei e outros esportes é uma oportunidade de evangelização. Para ele, esporte e saúde tem tudo a ver com a JMJ. “Como que a gente vai rezar com o corpo não muito sadio? Além do espiritual, temos que cuidar do corpo. E a gente vai andar muito na vigília”, brincou.

De acordo com Ricardo Pantoja, coordenador da pastoral do esporte da Arquidiocese do Rio e também das oficinas e dos esportes radicais ocorridos hoje, como longboard, surf e slackline, o perfil do Rio é muito esportivo, já que há muitas oportunidades oferecidas na cidade, levando-se em conta também os importantes eventos que acontecerão nos próximos anos. “Os próprios valores esportivos, quanto os da Igreja são bem semelhantes”, ressaltou.

Ainda sobre essa questão da relação entre a religião e o esporte, Aline Stoffel, coordenadora do vôlei e profissional de Educação Física, afirmou que as atividades esportivas foram um momento único em que pôde unir sua fé com sua profissão. “É muito bom estar ativa na JMJ e ser voluntária. Quando fiquei sabendo do evento fiquei maravilhada. Pensei logo que ia poder juntar minha fé com algo que eu amo de fazer e escolhi para o resto da vida”, disse.

Voluntários incentivam participação de crianças do projeto municipal Casa Viva

Aline Lima e Rômulo Braga são dois voluntários da JMJ que tiveram a iniciativa de levar algumas crianças do projeto social da prefeitura do Rio “Casa Viva”, situado em Laranjeiras, para que não só pudessem participar do evento esportivo, mas também para trazer para eles a presença de Deus.

Os dois começaram a acompanha-los há alguns meses, fazendo algumas atividades. Segundo a Aline, apesar de serem voluntários, esse trabalho que fazem não é vinculado à JMJ, mas afirmou terem interesse de que as crianças entrem nesse clima da Jornada como forma de ser um “reavivamento”. “É um programa que tem tudo a ver com a Jornada”, disse a voluntária.

Através desse projeto, atualmente há cerca de 12 crianças que saíram das ruas e estão passando por uma fase de reabilitação para depois serem liberados e voltarem para suas casas.
(CM)








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