2013-04-15 16:45:55

Criação de Conselho de Cardeais, as razões de Francisco


Cidade do Vaticano (RV) – A decisão do Papa Francisco de criar um 'Conselho' formado por 8 Cardeais dos cinco continentes representa o primeiro resultado concreto das discussões realizadas nas Congregações Gerais pré-Conclave. Anunciado no último sábado, 13, quando se completava um mês do seu pontificado, o Conselho deverá, além de propor reformas na Cúria romana, auxiliar o Santo Padre no governo da Igreja.

Este 'Conselho', não é uma 'comissão', mas somente um grupo de trabalho, com poderes consultivos, que tem a característica peculiar de reunir um grupo de Cardeais que – à exceção do Presidente do Governatorato Giuseppe Bertello -, são ou foram todos arcebispos titulares e desempenharam cargos importantes nas suas respectivas conferências episcopais.

O ‘Conselho’ é formado pelo Cardeal-arcebispo Emérito de Santiago do Chile, Francisco Javier Errazuriz Ossa; o Cardeal-arcebispo de Mumbai, Índia, Oswald Gracias; o Cardeal-arcebispo de Munique, Alemanha, Reinhard Marx; o Cardeal-arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo, Laurent Monsengwo Pasinya; o Cardeal-arcebispo de Boston, Sean Patrick O’Malley; o Cardeal-arcebispo de Sidney, Austrália, George Pell e o Cardeal italiano Giueseppe Bertello, Presidente do Governatorato da Cidade do Vaticano. Por fim, o segundo latino-americano e coordenador do grupo de trabalhos, o Cardeal-arcebispo de Tegucigalpa, Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga. O Secretário será o Bispo de Albano Dom Marcello Semeraro.

Os membros deste grupo deverão colaborar com o Papa Francisco, aconselhá-lo no governo da Igreja universal e estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor bonus, que regula a atividade da Cúria.

Deste modo, o Papa, que demonstra ter a intenção de intensificar a relação direta com os chefes dos Dicastérios da Cúria, escolheu criar um 'Conselho', formado por oito Cardeais, sendo que apenas um trabalha na Cúria. É uma forma de envolver mais diretamente as Igrejas locais e ao mesmo tempo ter um instrumento consultivo ágil, capaz de reunir-se também mais vezes durante o ano, ou mesmo de ser consultado sem dificuldade sobre questões urgentes, caso o Papa julgar necessário.

Vatican Insider - JE








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