Aparecida: Ano da Fé e Catecismo da Igreja Católica
Aparecida
(RV) – Sexto dia da 51ª Assembleia Geral da CNBB no centro de Eventos Pe. Vitor
Coelho. Como todos os dias os trabalhos tiveram início com a Santa Missa na Basílica
Nacional presidida pelo Bispo de Botucatu, SP, Dom Mauricio Groto de Camargo, recordando
os bispos falecidos.
Os membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
CNBB, refletem nesta segunda-feira sobre assuntos relacionados à Comissão Episcopal
para a Doutrina da Fé principalmente em dois aspectos: o Ano da Fé e suas ações concretas
e o Catecismo da Igreja Católica. Recordamos que o Ano da Fé instituído pelo Papa
emérito Bento XVI teve início em 11 de outubro de 2012 e se concluirá na Festa de
Cristo Rei, no próximo mês de novembro.
Para Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo
de Brasília e Presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, “neste Ano da
Fé, devemos procurar renovar a vida batismal, crescendo na fé em Cristo, na participação
na Igreja e no testemunho cotidiano da fé. Valorizar o batismo – disse ainda – implica
também em ajudar outros irmãos ainda não-batizados a acolherem a graça do Batismo,
testemunhando-lhes a beleza e o vigor da fé batismal. De modo especial, procuremos
motivar os pais a batizarem seus filhos”, concluiu.
Já sobre o Catecismo o
arcebispo de Brasília disse que o “Catecismo tem um esquema que pode servir de grande
orientação para o próprio Ano da Fé. Ele se organiza em “Fé professada”, ou seja os
conteúdos fundamentais da fé; a “Fé celebrada”, precisamos crescer, a fé não pode
ficar apenas na cabeça, mas deve chegar ao coração; e a fé deve virar vida, e aí está
a “Fé vivida”.
Ainda nesta manhã, os bispos trataram de questões de Vida e
Família com a apresentação dos trabalhos e declarações feitas pela Comissão Episcopal
que se ocupa desses temas. Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari, BA, e Presidente
desta Comissão da CNBB, afirmou em Nota, por ocasião da recente publicação do posicionamento
do Conselho Federal de Medicina em apoio à possibilidade de aborto até 12 semanas
de gestação: “Para justificar sua posição, o CFM evoca a autonomia da mulher e do
médico, ignorando completamente a criança em gestação. Esta não é um amontoado de
células sem maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem
definida; com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre
materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um ser
humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações de geneticistas
e biomédicos”.
Um assunto que voltou ao debate em plenário hoje foi a Questão
Agrária. Foi apresentada a nova redação do texto. Dom Guilherme Werlang, Bispo de
Ipameri (GO) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade,
Justiça e Paz, afirmou que o novo documento terá alguns eixos principais, partindo
da real situação do povo brasileiro em relação à questão agrária. Nós conversamos
com ele…
Sobre o tema central da Assembleia “Comunidade de comunidades: uma
nova Paróquia” nós conversamos com Dom Fernando Arêas Rifan, da Administração Apostólica
Pessoal São João Maria Vianney, Campos, RJ.
Nos trabalhos de hoje ainda presentes
na pauta os seguintes temas: votação de textos litúrgicos; novos debates sobre o Diretório
da Comunicação; apresentação das Comissões Episcopais para a Amazônia e a Missão continental;
notícia sobre o projeto de comunhão e partilha entre as dioceses. (Silvonei José)