2013-04-05 19:49:05

Apresentada a nova "Civiltà Cattolica", sempre mais digital


Cidade do Vaticano (RV) - "Civiltà Cattolica é uma tradição que vive de futuro": foi o que afirmou, na manhã desta sexta-feira, o diretor da prestigiosa revista dos jesuítas, Pe. Antonio Spadaro. Tal afirmação deu-se no âmbito da apresentação, na Sala de Imprensa da Santa Sé, da primeira edição da nova versão impressa e digital da revista quinzenal, fundada em 6 de abril de 1850 e que se distingue por uma relação de especial inteiração com a Secretaria de Estado.

Pronunciaram-se no evento, junto ao Pe. Spadaro, o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, e o subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri.

A conferência foi moderada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, que também recordou seus anos de serviços prestados à "Civiltà Cattolica".

Uma renovação que toca o coração e não somente a fisionomia de "Civiltà Cattolica", buscando sempre – como ensinado por Santo Inácio de Loyola – "encontrar Deus em todas as coisas".

A apresentação das novidades da revista dos jesuítas, feita na Sala de Imprensa da Santa Sé, teve uma dimensão quase familiar.

De fato, todos os relatores tiveram uma relação direta com a revista. Dom Claudio Maria Celli, hoje responsável pelo dicastério das Comunicações Sociais, recordou os anos em que trabalhou na Secretaria de Estado e, portanto, tinha uma relação direta e constante com o diretor de então da quinzenal, Pe. Salviani, presente no evento. A relação é sempre de "inteiração construtiva", disse.

Ademais, como observou Pe. Lombardi, os artigos da revista são quase sempre expressão da proposta do Colégio dos escritores. Em seguida, Dom Celli ressaltou o maior desafio que hoje se apresenta à Igreja no mundo da comunicação e que a "Civiltà Cattolica" acolheu plenamente, inclusive em sua presença na Web 2.0, o desafio da linguagem:

"Creio que um dos grandes desafios que hoje a Igreja deva enfrentar em seu conjunto seja justamente o desafio do recurso a uma linguagem que possa ser compreensível aos homens e às mulheres de hoje."

Foram conceitos retomados também por Mons. Camilleri, que, oferecendo o ponto de vista da Secretaria de Estado, ressaltou o espírito inovador dos jesuítas de 2013, que retomam o espírito dos fundadores de "Civiltà Cattolica".

Hoje, como um século e meio atrás, disse o subsecretário das Relações com os Estados, "Civiltà Cattolica" pretende ajudar o leitor "a pensar de modo cristão a realidade".

Desse modo, recordou as palavras de Paulo VI, um Pontífice muito afeiçoado à revista dos jesuítas:

"Paulo VI definiu a fundação da revista um 'gesto de audácia' num contexto 'desprovido de cultura proporcionada às necessidades e às aspirações das novas gerações'. E definiu a revista como sendo 'juvenil e combativa'. Hoje, é necessária aquela mesma audácia e estou aqui não somente para testemunhar a relação consolidada entre a Secretaria de Estado e 'La Civiltà Cattolica', bem como para fazer votos da mesma audácia de seus predecessores."

Em seguida foi a vez de Pe. Spadaro, que ilustrou as novidades: em primeiro lugar, uma mudança na veste gráfica e a introdução de novas rubricas, como o "Focus".

Depois, o acesso à revista em todos os tablet, o fortalecimento da presença nas redes sociais e, mais ainda, graças a Google, o acesso gratuito de todos os fascículos publicados desde 1850 até 2008.

Ademais, encontra-se em estudo o projeto de uma edição em língua inglesa de "Civilta Cattolica". A revista "muda para ser ela mesma", disse Pe. Spadaro, indicando qual é a sua grande força:

"O nosso tesouro como revista da Companhia de Jesus é esta 'forma mentis' que tem a sua raiz na espiritualidade de Inácio de Loyola: uma espiritualidade humanística, curiosa e atenta à busca da presença de Deus no mundo, que ao longo dos séculos forjou santos, intelectuais, cientistas e formadores... e também um Papa."

Pe. Spadaro manifestou assim a alegria que sente, como jesuíta, em ter um seu coirmão na Cátedra de Pedro. Um Papa de quem os jesuítas reconhecem imediatamente a dimensão inaciana. E não se esquivou diante da curiosidade de um jornalista que lhe perguntou se é possível que Francisco escreva um artigo para "Civiltà Cattolica".

"'La Civiltà Cattolica' pode acolher artigos escritos somente por jesuítas. O Papa é jesuíta e, obviamente, poderia escrever... Veremos!" (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.