Nova York (RV) - Celebra-se nesta terça-feira, 2 de abril, o Dia Mundial de
Conscientização sobre o autismo.
Para o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon,
o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo chama a atenção para a síndrome e
outros problemas de desenvolvimento mental que atingem milhões de pessoas no mundo.
Segundo
o Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças, 1 a cada 88 crianças sofre
de autismo, a maioria meninos. Aproximadamente 10% das crianças que têm a deficiência,
foram diagnosticadas também com a Síndrome de Down e outros problemas genéticos.
Ban
afirmou que a Assembleia Geral adotou nova resolução sobre o autismo, o que demonstra
compromisso para ajudar as pessoas que sofrem e suas famílias. O chefe da ONU declarou
que o documento encoraja os países-membros e outras organizações e empresas a aumentarem
as pesquisas e expandir a assistência de saúde, educação e empregos aos doentes.
Em
entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, a coordenadora pedagógica da Associação de Amigos
do Autista, Carolina Ramos Ferreira, falou sobre o tratamento dado aos pacientes.
"O
atendimento deve ocorrer desde o início, para que ele tenha um prognóstico bom, para
chegar como adulto com o maior nível de autonomia e independência possível. Nós, da
AMA, utilizamos o tratamento através do ABA ( sigla em inglês), Análise Aplicada do
Comportamento. Isso porque a gente trabalha acreditando mais na questão comportamental.
Trabalhamos também a questão de comunicação alternativa e adaptando a comunicação
dessa criança, desse jovem ao adulto, com pessoas com autismo."
Ban afirmou
que a atenção internacional é essencial para acabar com o estigma, a falta de esclarecimento
e as estruturas de apoio inadequadas. Ele disse que pesquisas recentes mostraram que
o diagnóstico precoce pode ajudar as pessoas com autismo a alcançar ganhos significativos
em suas habilidades. O chefe da ONU declarou que a Assembleia Geral vai realizar
uma reunião de alto nível em setembro próximo para falar das condições de mais de
1 bilhão de pessoas com deficiências, incluindo as que sofrem de autismo.
Ban
espera que os líderes mundiais aproveitem essa oportunidade para fazer a diferença
que ajudará essas pessoas e a humanidade, como um todo. (MJ/Rádio ONU)