Meditações da Via-Sacra no Coliseu já estão disponíveis em português
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco preside na noite desta Sexta-Feira
Santa à tradicional cerimônia da Via-Sacra no Coliseu de Roma.
A Rádio Vaticano
transmite este evento a partir das 17h05 horário de Brasília (21h05 – horário de
Roma).
Como todos os anos, a cada estação a Cruz é carregada por pessoas de
várias partes do mundo, como sinal da redenção de Cristo por todos, celebrada pela
Igreja universal.
O Vigário para a Diocese de Roma, Card. Agostino Vallini
carrega a Cruz na primeira e última estação. Há famílias italianas e indianas, deficientes,
representantes da China, Síria e Oriente Médio. Da América Latina, dois brasileiros
levarão a Cruz nas estações doze e treze: Carlo Ronzoni e Antonella Passatore.
As
meditações foram preparadas por jovens libaneses sob a orientação do Cardeal Béchara
Boutros Raï, Patriarca Maronita do Líbano.
O texto das estações está disponível,
também em português, no endereço http://www.vatican.va/news_services/liturgy/2013/documents/ns_lit_doc_20130329_via-crucis_po.html
A
Exortação Apóstolica “Ecclesia in Medio Oriente” foi um dos guias para a elaboração
das meditações.
"O nosso mundo está cheio de mães aflitas, de mulheres feridas
na sua dignidade, lesadas pelas discriminações, a injustiça e o sofrimento”, lê-se
no texto.
Ou ainda: “Também hoje o mundo se curva a realidades que procuram
expulsar Deus da vida do homem, como o laicismo cego que sufoca os valores da fé e
da moral em nome duma suposta defesa do homem, ou o fundamentalismo violento que toma
como pretexto a defesa dos valores religiosos”.
Em todo o tempo, escrevem os
jovens, o homem acreditou que ele próprio podia substituir Deus e determinar por si
mesmo o bem e o mal (cf. Gn 3, 5), sem referência ao seu Criador e Salvador. Julgou-se
omnipotente, capaz de excluir Deus da vida própria e da dos seus semelhantes, em nome
da razão, do poder ou do dinheiro.
A juventude libanesa denuncia que no mundo
de hoje, existem muitos «Pilatos» que, nas suas mãos, detêm as rédeas do poder e as
usam ao serviço dos mais fortes. “Muitos são aqueles que, fracos e covardes face a
estas correntes de poder, empenham a sua autoridade ao serviço da injustiça e espezinham
a dignidade do homem e o seu direito à vida.”