2013-03-27 13:55:26

Concílio Vaticano II: João XXIII e o Judaísmo


Cidade do Vaticano (RV) - Em setembro de 1940, Angelo Roncalli teve contato pela primeira vez com o sofrimento do povo judeu, quando contactou e ajudou refugiados judeus vindos da Polônia a chegar na Palestina, naquela época território sob mandato britânico.

Durante a II Guerra Mundial, Angelo Roncalli estava sediado na Turquia neutra, onde conseguiu salvar muitos judeus com a distribuição gratuita de permissões de trânsito fornecidos pela Delegação Apostólica, de certificados de imigração para a Palestina, arranjados por organizações judaicas e de certificados de Batismo temporários, pois os nazistas não prendiam judeus batizados ou protegidos pela Igreja Católica por respeito à neutralidade da Santa Sé.

Graças aos esforços realizados conjuntamente entre Igreja Católica, diplomatas e Agências judaicas foi possível a 100 mil judeus sobreviver à ocupação alemã da Hungria. No final da Guerra, estimou-se que entre 24 a 80 mil judeus foram salvos somente com os certificados de batismo.

Este trabalho teve o reconhecimento da Fundação Internacional Raoul Wallenberg, que desde o ano 2000 defende a atribuição a Roncalli do prêmio “Justo entre as nações”, em reconhecimento por este trabalho humanitário.

Durante o seu pontificado, João XXIII retirou da liturgia da Sexta-feira Santa as duras expressões relativas aos judeus e inaugurou uma nova era no relacionamento e diálogo judaico-cristão. Ma declaração Nostra Aetate, aprovada pelo Concílio Vaticano II, rejeitou definitivamente as acusações de deicídio ao povo judaico e condenou o anti-semitismo.

O Rabino da comunidade judaica de São Paulo, Michel Schlesinger, falou sobre a importância do Papa João XXIII no diálogo com o mundo judaico: RealAudioMP3

(JE)









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