2013-03-20 18:39:32

China: repercussões da eleição de Francisco


Xangai (RV) – Também na China repercutiu a missa de inauguração do Pontificado do Papa Francisco, mesmo sem a presença de nenhum líder chinês na cerimônia. Vários jornais chineses deram destaque ao início do novo Pontificado, enfatizando os elementos de ‘novidade’ em comparação com o Pontificado precedente. O ‘Global Times’, por exemplo, destacou a postura mais próxima e afetuosa do Papa Francisco em relação às pessoas.

O professor de Política Internacional da Universidade de Pequim, Zhang Shengjun, comentou ao ‘Global Times’ que a China espera muito do novo Papa: “Nós esperamos que este novo Papa traga muitas novidades, também nas relações entre China e Vaticano”, afirmou.

O Ministério do Exterior chinês não fez qualquer comentário sobre a cerimônia de terça-feira no Vaticano, Mas no domingo, havia afirmado que a China espera que a Igreja possa realizar mudanças que melhorem as relações bilaterais. Uma das questões mais delicadas permanece a relação diplomática entre a Santa Sé e Taiwan. A China gostaria que o Vaticano reconhecesse a República Popular da China como o único governo a representar a China. Mas a presença de líderes de Taiwan na cerimônia de início do Pontificado não indica esta direção.

Segundo o pesquisador da Academia chinesa de Ciências Sociais, a China e o Vaticano enfrentam desafios semelhantes na salvaguarda dos direitos dos pobres. Segundo Zhao, a escolha de um Papa não europeu “representa um importante sinal em termos de abertura da Igreja, trazendo boas perspectivas para o futuro”.
Para o Professor de religião na Universidade do Povo, Chen Qijia, o verdadeiro motivo das tensões entre China e Vaticano está no fato que “a China insiste em nomear bispos e cardeais e o Vaticano, por sua vez, nunca mostrou boa vontade em mudar esta atitude rígida”, explicou. (JE)








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