Cidade do Vaticano (RV) – As cédulas de votação do Conclave, que medem 12 cm
x 14 cm, são iguais às do Conclave de 2005.
De acordo com a Universi Dominici
Gregis, n. 65:
- a cédula deve ter o formato retangular e escrito na metade
superior, melhor se em letra de forma: Eligo in Summum Pontificem, enquanto
na metade inferior se deverá deixar um espaço para escrever o nome do eleito; portanto,
a cédula é feita de maneira que possa ser dobrada em duas; - o preenchimento da
cédula deverá ser feito secretamente por cada Cardeal eleitor, o qual escreverá claramente,
com grafia o quanto possívelnão reconhecível, o nome de quem elege,
evitando de escrever mais nomes (já que em tal caso o voto seria nulo), e dobrando
duas vezes a cédula. - durante as votações, os Cardeais eleitores deverão permanecer
na Capela Sistina sozinhos e por isto, logo após a distribuição das cédulas e antes
que os eleitores comecem a escrever, o Secretário do Colégio dos Cardeais, o Mestre
das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e os Cerimoniários devem sair da sala; após
a saída deles, o último Cardeal Diácono fecha a porta, abrindo-a e fechando-a todas
as vezes que for necessário, como por exemplo, quando os Infirmarii saem para
recolher os votos dos enfermos e retornam à Capela.
O uso da cédula eleitoral
na eleição do Pontífice, foi usada pela primeira vez durante a eleição de Inocêncio
III em 1198, na sala chamada ad septa Solis localizada no Septizonium,
antigo edifício da época de Settimio Severo (145-211), transformado pelos Frangipani
em fortaleza. O historiador Michele Maccarrone definiu esta eleição como o primeiro
e verdadeiro Conclave da história. Nesta eleição, as cédulas foram distribuídas e
alguns cardeais foram chamados a realizar o serviço de escrutinadores. Após ter cumprido
os atos próprios de um escrutínio, foram relatados os votos, um por um, os votos por
escrito e o resultado final foi comunicado ao Colégio eleitoral. (JE)