2013-03-08 16:53:17

Bento XVI: sem a presença das mulheres a história do cristianismo teria sido diferente


Cidade do Vaticano (RV) – Sem a contribuição das mulheres, a história do cristianismo teria sido bem diferente. É a constatação que Bento XVI fez durante a Audiência Geral de alguns anos atrás. Na data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Rádio Vaticano propõe algumas reflexões do Papa emérito dedicadas ao “gênio feminino” e à sua influência na Igreja e na sociedade:

Nazaré e Magdala, Assis e Sena, Ávila e Lisieux, uma lista que poderia continuar ao longo da história e abrangendo diversos outros locais do mapa. Aos ouvidos pouco habituados aos assuntos de Igreja, estes nomes poderiam passar desapercebidos ou mesmo serem relacionados a outros personagens da história.

Maria, a “bendita entre as mulheres”, a Clara “irmã espiritual do ‘louco’ de Deus” e a Catarina analfabeta que falou aos reis e aos Papas. A Teresa grande contemplativa e a Teresa do ‘pequeno caminho’. O que seria a Igreja sem elas e sem outras milhares, extraordinárias figuras de mulher, santas famosas ou desconhecidas, que há dois mil anos testemunham Cristo? Uma pergunta que nunca deixou dúvidas à Bento XVI. Na Audiência Geral de 14 de fevereiro de 2007 ele disse:

Bento XVI: “A história do Cristianismo teria tido um desenvolvimento bem diferente se não houvesse a generosa contribuição de tantas mulheres. Por isto, como escreveu o meu venerado predecessor João Paulo II na Carta Apostólica Mulieris dignitatem, “a Igreja agradece por todas as mulheres e por cada uma.....A Igreja agradece por todas as manifestações do 'gênio' feminino manifestado ao longo da história, em meio a todos os povos e nações”.

Mulheres, mães, leigas ou religiosas. Bento XVI em 2010 dedicou às figuras femininas da Idade Média cristã catequeses inesquecíveis. E não poupou palavras quando a figura da mulher, em tempos mais recentes, foi gradualmente deturpada por “tendências culturais e políticas que procuram eliminar, ou pelo menos ofuscar e confundir, as diferenças sexuais inscritas na natureza humana, considerando isto como se fosse uma construção cultural”.

No discurso por ocasião dos 20 anos da Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, em 9 de fevereiro de 2008, Bento XVI afirmou:

“É necessário recordar o projeto de Deus que criou o ser humano como homem e mulher, com uma unidade e ao mesmo tempo uma diferença originária e complementar”.

Bento XVI também não poupou esforços em denunciar situações e lugares onde as mulheres são discriminadas:

“a mulher é discriminada e sub-valorizada pelo simples fato de ser mulher, onde se recorre até mesmo a argumentos religiosos e a pressões familiares, sociais e culturais para apoiar a disparidade dos gêneros, onde se perpetram atos de violência em relação às mulheres, fazendo delas objeto de maus-tratos e de abusos na publicidade e na indústria do consumo e do divertimento”.

Recordar as mulheres nesta festa de 8 de março, representa para os cristãos e para a Igreja, nas palavras de Bento XVI proferidas no Ângelus de 8 de março de 2009:

“refletir sobre a condição da mulher e renovar o compromisso, para que sempre e em todo o lugar cada mulher possa viver e manifestar em plenitude as próprias capacidades obtendo pleno respeito pela sua dignidade”. (JE)









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