2013-03-06 10:00:52

Venezuela de luto pela morte de Hugo Chavez, também muito sentida em Portugal (Domingos Pinto)


RealAudioMP3 O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu nesta terça-feira, com 58 anos, na sequência de complicações após a quarta operação ao cancro, anunciou o vice-presidente Nicolás Maduro. “Morreu o Presidente comandante Hugo Chávez. A toda a sua família transmitimos a nossa dor e a nossa solidariedade”, disse Maduro, num depoimento emocionado. “É uma tragédia histórica aquela que hoje toca a nossa pátria. Apelamos a todos os nossos compatriotas a serem os vigilantes da paz, do amor e da tranquilidade da pátria. Queridos compatriotas, muita coragem, temos que crescer por cima desta dor”, afirmou.

Nicolás Maduro, designado pelo próprio Chávez como seu sucessor, mobilizou as Forças Armadas e a polícia para "proteger a paz do povo venezuelano". Os chefes militares, por sua vez, já se afirmaram fiéis a Maduro, que deverá disputar as eleições presidenciais com o líder da oposição, Henrique Capriles, que perdeu a disputa eleitoral com Chávez em Outubro. Sondagens recentes davam a vitória a Maduro.
O funeral de Chávez vai realizar-se sexta-feira, na Academia Militar da Venezuela, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Elías Jaua. O Governo decretou sete dias de luto nacional.

Assim que foi conhecida a notícia da morte do homem que liderou a Venezuela durante 14 anos, as ruas de Caracas foram-se enchendo de gente. Fotografias e vídeos da agência Reuters mostram venezuelanos na rua a chorar, abraçados e a agitar bandeiras.
Hugo Chávez era Presidente da Venezuela desde 1999 e ganhou todas as eleições em que participou desde então. Foi reeleito em Outubro para mais um mandato de seis anos, mas não chegou a tomar posse.

A constituição prevê que a Presidência seja assumida interinamente pelo presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, que tem de convocar eleições no prazo de um mês. Mas Elías Jaua anunciou que será Nicolás Maduro a assumir interinamente o cargo de Presidente, convocando eleições nos 30 dias previstos constitucionalmente.

Há muito que se especulava sobre o estado de saúde do líder venezuelano, numa batalha mediática que parece não ter fim. Horas antes de comunicar a morte de Chávez, Nicolás Maduro tinha anunciado a expulsão de um diplomata dos Estados Unidos da América, acusado de conspiração para propagar rumores sobre a morte de Chávez e de ter tentado contactar antigos militares, afectos ao regime anterior à revolução chavista. Maduro acusou ainda os "inimigos" da revolução de terem provocado o cancro do Presidente venezuelano.








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