50 Anos da Abertura do Concílio Vaticano II: João XXIII e o Ecumenismo

Cidade do Vaticano (RV) - Vamos continuar no programa de hoje, a falar do Papa João XXIII, abordando o aspecto ecumênico de sua personalidade e pontificado.

João XXIII desde cedo manifestou um espírito de tolerância e de ecumenismo. Procurou cooperar e dialogar com outras crenças e religiões, nomeadamente os protestantes, os ortodoxos, os judeus, os anglicanos e até mesmo com os xintoístas. Ele recebeu em audiência privada o Arcebispo de Cantuária, um representante da Igreja da Escócia, um grupo de judeus, um importante sacerdote xintoísta, entre tantos outros expoentes de outras religiões.

Algumas decisões tomadas pelo Papa João XXIII ajudaram a construir o ambiente de abertura do Concílio Vaticano II. Em 1960, criou o Secretariado para a União dos Cristãos, para recompor a unidade entre os cristãos separados. A criação de tal organismo criou um clima diferente de abertura, de diálogo com cristãos de outras denominações. A nomeação do ex-reitor do Instituto Bíblico e ex-confessor de João XXIII, Cardeal Bea, deu grande relevância ao Secretariado, pois além da extraordinária formação bíblica e experiência eclesial, tinha um excelente trânsito no mundo ortodoxo e evangélico.

João XXIII influenciou a composição da declaração Nostra Aetate, aprovada pelo Concílio Vaticano II após a sua morte e que trata essencialmente das relações da Igreja católica com os não-cristãos.

O Prof. Álvaro de Oliveira, formado em História e Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nos fala sobre o aspecto ecumênico e interreligioso do Papa João XXIII:

(JE)