Concílio Vaticano II: Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida na fidelidade à
abertura conciliar
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, continuamos hoje em nosso espaço dedicado à Nova
Evangelização e Concílio Vaticano II trazendo a participação do bispo da Diocese de
Juazeiro – localizada na região do semi-árido e árido da Bahia –, Dom José Geraldo
da Cruz, A.A.
Após a edição passada, na qual Dom José Geraldo, atendo-se à
realidade da sua diocese, destacou-nos, dentre outros, a graça imensa de abertura
do Concílio, com sua reforma litúrgica e o revigoramento da fé de um povo tão sofrido,
nesta edição o bispo de Juazeiro alarga o seu olhar para a Igreja na América Latina,
no contexto de seu acolhimento e assimilação do Concílio, apontando Medellín, Puebla,
Santo Domingo e agora Aparecida como atualização do Concílio na fidelidade à abertura
trazida pelo Vaticano II, de cujo início estamos celebrando 50 anos.
Partindo
do fato de ter vivido seu período de estudos teológicos – no Chile e no Brasil – na
época do Concílio, em que se respirava os ares novos da formação de uma Igreja nova,
Dom José Geraldo, com uma colocação muito lúcida, chama a atenção para a existência
de uma "ala saudosista" dentro da Igreja no Brasil que, a partir de determinado movimento
espiritual, de nova comunidade, estaria querendo voltar para antes do Concílio, colocando-se
na contramão de tudo que vivemos como abertura e participação trazidas pelo Vaticano
II.
Citando o exemplo de alguns grupos pretenderem Missa em latim e Comunhão
unicamente de joelhos, o bispo de Juazeiro da Bahia detecta nesta atitude a tentação
de se querer uniformizar, como se a unidade da Igreja fosse uniformidade, embora ressaltando
que tal tendência em sua diocese apresente-se circunscrita a apenas elementos ou pequenos
grupos. Vamos ouvir: (RL)