Cidade do Vaticano (RV) – Por ocasião do fim do Pontificado de Bento XVI chegou
também uma carta de um grupo de membros do clero e de fiéis chineses, “carta – disse
o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi – que o Papa recebeu
e apreciou muito”. Na mensagem, o muito obrigado ao Pontífice pelo seu compromisso
na promoção do diálogo e pelo constante apoio e atenção à Igreja Católica na China.
São
palavras comovidas e cheias de afeto que os alguns bispos, sacerdotes, religiosos
e leigos chineses quiseram dirigir ao Papa, depois de receberem a notícia de sua renúncia
ao Ministério Petrino, notícia que – escrevem -, imediatamente fez pensar no carinho
e no amor, demonstrados por Bento XVI a todo o povo chinês e aos católicos da China.
“Vossa
Santidade – lê-se na mensagem – procurou promover o diálogo e aliviar a cruz que carregamos,
mostrando preocupação, mas sempre abençoando o país”. Presente nestas frases o eco
de um muito obrigado que deseja chegar ao coração do Papa.
O muito obrigado
pelas bênçãos e votos de felicitações pelo Ano novo lunar, pelos Jogos Olímpicos de
Pequim em 2008; pela mensagem enviada pelo Papa no último Natal, pelos cumprimentos
após a publicação do missal em chinês simplificado, pelas mensagens de saudação aos
nossos líderes políticos e ainda um muito obrigado – escrevem -, pela longa, histórica,
carta ao clero e aos fiéis chineses e pela oração que Bento XVI escreveu pela China,
logo após o início de seu pontificado.
Não faltam agradecimentos pelo apoio
concreto do Papa através das obras e entidades caritativas, como as locais Jinde Charities
e o Pontifício Conselho “Cor unum”, durante todas as catástrofes naturais que atingiram
e devastaram o país: as inundações no Gansu, e o terremoto em Yushu e Sichuan em 2008.
Em particular, se destaca, não só a oração pelas vítimas, mas o apelo aos demais países
para que oferecessem ajuda à China.
Ainda o agradecimento pelo compromisso
universal do Papa na salvaguarda da dignidade humana, na busca da verdade, na defesa
dos valores da fé e na promoção da nova evangelização.
“O comportamento livre
e aberto que o senhor demonstrou – escrevem – diante do poder, a honra e o status,
e a sua resposta forte e perseverante diante dos vários desafios, conquistaram o respeito
de todos e comoveu o mundo inteiro”.
Emocionante também, entre essas palavras,
o pedido de perdão ao Papa, por todas as eventuais faltas e fraquezas, pelos conflitos
e as dificuldades, pelas desilusões, diante das quais – afirmam -, o Papa sempre respondeu
com amor paterno, compaixão e solicitude. Enfim, a certeza de continuarem unidos na
oração e a promessa de um amor recíproco que não jamais terá fim. (SP)